Pode ficar mais fácil tirar passaporte. A Delegacia da POlícia Federal de Marília começa a discutir projeto para levar o serviço a um posto avançado em shopping center da cidade, a exemplo do que acontece em grandes centros. A medida, que já havia sido antecipada pelo Giro Marília no Facebook, está em discussão com os admninistradores de shopping na cidade e esbarra em questões de segurança e estrutura.
Para oferecer o serviço, é necessário espaço mínimo de 85 metros além da estrutura de funcionários. O projeto vale a pena para os cidadãos, que ganham opção de acesso, e para os shopping, que ganham público circulando pelos corredores.
A emissão do documento na cidade já é serviço diferenciado, que quebra tabus. Esqueça a demora de meses que sempre marcou o atendimento. Não há filas, as 80 senhas de horários são distribuídas com sobras e em uma semana saem os documentos.
Nilo Pavarini
Delegado José Navas JR, da PF
O delegado da Polícia Federal José Navas Júnior diz que muitas pessoas de outras cidades, inclusive, agendam dia e hora para o PEP de Marília. Em alguns dias, a demanda alcança a metade das vagas oferecidas. “Temos moradores de Ourinhos, Bauru, da Capital, e até de outros Estados como Londrina (PR) e Varginha (MG), que buscam utilizar os nossos serviços devido à facilidade encontrada no posto”, disse ele.
O agendamento é feito totalmente pela Internet, por meio do site da Polícia Federal (www.dpf.gov.br). O interessado acessa o site, preenche o cadastro com os dados solicitados e na mesma hora agenda o dia e horário que realizará a entrega da documentação, inclusive emitindo o boleto bancário para o pagamento da taxa de R$ 156,07 na rede bancária. O passaporte nacional tem validade por cinco anos.
A família do vendedor Paulo Paschoal, moradora de Marília, retirou o passaporte na PF de Marília e elogiou a rapidez do atendimento. Segundo ele, o documento dele e de um dos filhos demorou apenas uma semana para ficar pronto. No entanto, o passaporte da esposa e de outro filho do casal, só ficou pronto dentro de 30 dias, devido a problemas com a documentação apresentada.
“Isso é comum acontecer. Se a pessoa mudou de nome, principalmente após casamentos, gera esse tipo de caso. Outro ponto comum nos erros é não estar quites com a Justiça Eleitoral. Então solicitamos que as pessoas fiquem atentas com relação a esses detalhes, pois toda a documentação é checada pelo sistema no momento em que é feito pedido”, afirmou Navas Júnior.
No momento da entrega dos documentos, os dados são checados pelo sistema e a pessoa tira a foto e recolhe suas impressões digitais. O pedido é enviado para a Casa da Moeda, no Rio de Janeiro, responsável pela confecção. A retirada é prevista para cerca de uma semana.
“Momento antes dessa entrega, é feita uma varredura nos computadores do sistema nacional e inclusive da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), para checar se a pessoa não tem problemas com a Justiça de outros países. Se está tudo certo, ela sai na hora com o passaporte”, explicou o delegado da PF.
O passaporte brasileiro conta desde 2010 com um chip integrado e marcas d’água (com a numeração das páginas), que são visíveis apenas por meio de uma máquina com raios infravermelhos. No Brasil, são emitidos cerca de 4.000 passaportes diariamente.