A Prefeitura de Marília divulgou o edital de abertura da concorrência pública que vai contratar uma empreiteira para implantação da estação de tratamento do esgoto na bacia do córrego Palmital, a maior da cidade, que recebe ligações de toda a zona norte e envolve 109 mil habitantes.
O contrato prevê construção de estação de tratamento de esgotos, com vazão de pelo menos 60 litros por segundo, embora todo material promocional oficial fale em 270l/s tratados, incluindo fornecimento e montagem dos equipamentos de supervisão e controle. As obras devem ser iniciadas até cinco dias após assinatura do contrato e ordem de serviço e encerradas em até 14 meses, ou seja, em pleno período eleitoral de 2020.
O custo total inicial é de R$ 42 milhões, dos quais R$ 19 milhões serão repassados pelo governo federal e outros R$ 23 milhões serão de recursos próprios da prefeitura. O contrato de repasses com a Caixa Econômica Federal foi assinado em maio deste ano
O edital da licitação prevê reajustes anuais de valores pelos serviços com correção pelo IGP-M, índice que regula contratos como aluguel e outros serviços públicos tem registrado variação acima da inflação oficial. Também prevê correção pelo IGPM para eventuais atrasos nos pagamentos das parcelas.
Havendo atrasos nos pagamentos devidos pelo CONTRATANTE, poderá haver incidência de correção monetária com base no IGP-M/FGV, calculados entre a data final do período de adimplemento de cada parcela e a do efetivo pagamento, devendo, entretanto ser solicitado pela CONTRATADA, através de requerimento protocolado no Ganha Tempo Municipal.
A obra inclui instalação de 2830 metros de tubulação, 213.400m³ de terra escavados, compactação de solo e implantação de rede de despejo da água tratada.
Será a segunda vez que a prefeitura de Marília contrata a execução da obra. Na primeira, em 2013, previa a instalação da estação no mesmo processo das outras duas – para as bacias dos Córregos do Pombo e do Barbosa – com a previsão de R$ 106 milhões em investimentos. Havia orçamento de R$ 63 milhões de recursos federais aprovados em 2012.
Mas as obras pararam com as outras duas quando a empreiteira OAS paralisou os serviços envolvida em disputa com a prefeitura por atrasos nos pagamentos e envolvida nos escândalos da operação Lava Jato.