Marília

Prefeitura promete mudar jornada (e salários) de professores

Prefeitura promete mudar jornada (e salários) de professores Prefeitura promete mudar jornada (e salários) de professores Prefeitura promete mudar jornada (e salários) de professores Prefeitura promete mudar jornada (e salários) de professores
Secretário da Administração, Marco Antonio, apresenta projeto a diretores e professores – Divulgação
Secretário da Administração, Marco Antonio, apresenta projeto a diretores e professores – Divulgação

Professores da rede municipal de ensino, a categoria que mais inflou a greve dos servidores públicos de Marília, devem ganhar jornada de trabalho dobrada com consequente reajuste salarial nos próximos dias. O anúncio foi feito em encontro do secretário municipal da Administração, Marco Antonio Alves Miguel, com diretores e professores.

Educação é a área com maior força na paralisação. Falta de funcionários, falta de equipamentos de material de limpeza são algumas das queixas do setor. Segundo a proposta, o professor da rede terá a jornada de trabalho estendida de 4 para 8 horas – com os vencimentos pela referência atual – e a garantia integral de outros direitos, como 13º salário, férias e horas extras.

Não há data definida para a mudança, mas segundo nota distribuída pela administração, “nos próximos dias” um projeto de Lei será enviado para a Câmara de Marília.

“A criação da jornada especial vai corrigir pontos importantes, como a questão da carga suplementar dos docentes, e concedendo um reajuste justo para os profissionais. Por isso, decidimos encaminhar este projeto para a Câmara”, disse o secretário da da Administração.

Segundo ele,  o objetivo é assegurar o mesmo tratamento jurídico dado a outras categorias profissionais como médicos, advogados, engenheiros e procuradores.

“O projeto da jornada especial vem corrigir algumas distorções que existiam nas atividades da categoria, especialmente quanto aos salários pagos e as diferenças de horas trabalhadas. E vai trazer muitos benefícios para os professores de EMEIs e EMEFs. Fizemos a solicitação ao prefeito Vinicius Camarinha que nos atendeu prontamente e pediu um estudo técnico sobre o caso”, frisou a secretária interina da Educação.

BANCO DE HORAS

Além do projeto para mexer com os salários da categoria, a prefeitura divulgou que não vai promover qualquer mudança no banco de horas. O anúncio é uma resposta à revelação de um estudo interno que previa ação judicial para pedir prescrição de horas acumuladas há mais de cinco anos.

A medida iria gerar uma grande economia mas também provocou campanha do Sindicato para uma enxurrada de pedidos de recebimento destas horas.

“No início deste ano, contratamos uma empresa de consultoria e os técnicos apontaram a falta de uma legislação específica para a questão do banco de horas em nosso município. Então, solicitamos um parecer jurídico da Procuradoria do Município e fomos informados que os direitos dos servidores municipais – que já fazem parte do nosso quadro de funcionários – estão garantidos por lei. Por isso, não procede às especulações que vêm sendo feitas sobre o assunto’, disse Marco Antônio Alves Miguel.