
A prisão do major Marcelo Ricardo Silva, 48, em Bauru, aumentou uma lista de policiais militares de Marília e região que aguardam presos julgamento por crimes. São cinco militares nesta situação em pouco mais de um ano.
Silva é acusado de manter em sua casa imagens de sexo envolvendo crianças e adolescentes e posse ilegal de uma arma sem registro.
As prisões mostram modelo de reação que segundo oficiais ouvidos pelo Giro Marília deve ser uma tendência cada vez mais forte de medidas oficiais para reprimir envolvimento de policiais em crimes e proteger a função, as relações com a comunidade e a própria imagem da corporação. Lembre outros casos com policiais detidos.
EXECUÇÃO EM OURINHOS
O subtenente Alexandre David Zanete e o cabo João Paulo Herrera de Campos, ambos do 31º Batalhão e integrantes da Força Tática, foram presos em Ourinhos em setembro acusados de executar Murilo Henrique Junqueira, foragido da Justiça e morto durante perseguição.
Os policias alegaram disparos em legítima defesa mas imagens de uma câmera de segurança mostram o acusado se aproximando com as mãos na cabeça. Revelam ainda que Murilo levou um tiro quando já estava caído.
Os dois usavam pistolas marca Glock calibre .40. O suspeito estaria com uma pistola calibre 380. As três armas foram apreendidas. Os policiais foram levados ao Presídio Romão Gomes em São Paulo.
MORTES À BEIRA DO RIO
Na madrugada de sábado 18 de julho do ano passado, Washington Luiz Paulino matou a tiros de revólver Júlio Barbosa e Aline Aparecida Balbino, na beira do Paranapanema, em Ourinhos.
Recém aposentado da Polícia Militar, onde serviu no Regimento de Cavalaria, estava começando a levantar um rancho à margem do rio, onde Júlio trabalhava como pedreiro.
Deixando os corpos sangrantes sobre um colchão no chão onde dormiam, o policial fechou o local a chave e foi de carro até o Batalhão da Polícia Militar, porque lá não pegava sinal de celular.
Apresentou-se, relatou o que tinha acontecido e alegou ter agido em legítima defesa, entregou a arma e até mostrou fotos que tinha tirado da cena do crime.
Quando o delegado e os policiais militares abriram a casa, o cadáver de Aline apareceu em posição diferente da que estava nas fotos do celular.
Por isso, além de ser acusado de duplo homicídio qualificado, Paulino vai responder também pelo delito de fraude processual, que estipula pena de seis meses a quatro anos para quem inovar artificiosamente, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir em erro o juiz ou o perito.
Preso preventivamente desde então no Presídio Militar Romão Gomes, Washington deverá enfrentar em breve o julgamento popular. Ele será defendido pelo criminalista José Claudio Bravos.
ROUBO A JOALHERIA
O Policial Aposentado Sandro Luiz foi preso em fevereiro deste ano acusado de participação no roubo a uma casa lotérica da cidade, ocorrido em janeiro.
A investigação apurou com base em imagens das câmeras do sistema de segurança que o policial dirigia o veículo usado pelos ladrões no crime.
Buscas na casa do policial apreenderam ainda armas – uma pistola e uma garrucha –, munições e R$ 1.800 em dinheiro. Ele foi acusado também por posse ilegal de arma por falta de registro.