Marília - O Procon Marília convocou reunião com representantes de supermercados para discutir alternativas sustentáveis às sacolas descartáveis, que lei municipal baniu desde o dia 15.
O encontro com diretores da Apas (Associação Paulista de Supermercados) apresentou iniciativas como caixas de papelão e outros produtos com menor impacto ambiental.
Segundo a diretora do Procon Marília, Valquíria Galo Febrônio Alves, os direitos do consumidor e do meio ambiente devem ser preservados no cumprimento da nova legislação.
“O direito do consumidor está ligado ao do meio ambiente. E toda a cadeia, desde o fornecedor até o consumidor, deve se preocupar com a defesa do meio ambiente sustentável. O objetivo do Procon é defender o consumidor e não o fornecedor”, disse.
Defender o consumidor
Entretanto, a dirigente do Procon lembrou também a necessidade de defender o consumo sustentável. “O consumidor precisa de opção, pois muitas vezes vai com o dinheiro contado fazer compras e não pode pagar pela sacola retornável”, explicou.
A diretora do Procon lembrou ainda que os supermercados não podem vender sacola com propaganda da loja. “Essa prática configura venda casada e isso prejudica o consumidor”.
Valquíria Alves afirmou que é preciso ver o que é melhor para a coletividade. “Nesse momento de adaptação, a melhor opção é o supermercado oferecer opções gratuitas de embalagem, como caixas de papelão”.
Tendência mundial
Para o secretário adjunto do Meio Ambiente e Serviços Públicos, Rodrigo Más, é preciso uma sinergia nesse momento, apesar das dificuldades.
“O centro do objeto é a mitigação do plástico no meio ambiente. Chile, Estados Unidos e Europa, por exemplo, já não distribuem mais sacolas plásticas. Estamos no caminho certo”.
‘Competitividade’
Segundo o pelo diretor regional da APAS, Sérgio Reis da Silva, o propósito dos supermercados não é vender sacola. “Queremos que cada um leve a sua retornável. Além de reduzir plástico no meio ambiente, também vamos reduzir custos, aumentando a competitividade entre as lojas”.
O encontro teve ainda representantes supermercados Preço Certo, Florentino, Kawakami, São Francisco, Tauste e Confiança. Juntos eles gerenciam 13 lojas e, além disso, 70% do faturamento do setor na cidade.