
A Câmara de Marília marcou para o dia 10 de fevereiro (quarta-feira), às 9h, uma audiência pública para discutir projeto do prefeito Daniel Alonso para alterar uso urbano em alguns corredores viários de bairros nobres e também em avenidas nas zonas norte e oeste da cidade.
O caso nasce com polêmica e críticas contra falta de discussão com órgãos como o Conselho Municipal de Habitação e Política Urbana.
O projeto altera modelo de urbanização das avenidas Joaquim Cavina, Maria Cecília Alves, Avenida Cascata, rua das Ametistas e rua dos Opalas, na zona leste, da avenida João Martins Coelho, na zona norte, e da avenida José da Silva Nogueira Júnior, na zona oeste.
Na zona leste envolve corredores entre o Esmeralda Shopping e o corredor de condomínios e todo contorno da represa Cascata, que deve receber novos empreendimentos de alto padrão nos próximos anos.
O projeto transforma as ruas em Zona Especial dos Corredores, que permite “implantação de empreendimentos e atividades não residenciais”
Segundo a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, as regiões “carecem de serviços e comércio que atendam as populações vizinhas”. Aponta que a medida vai atender atividades já instaladas – que sem a lei estariam irregulares – e a serem instaladas.
Para o arquiteto e urbanista Luís Eduardo Diaz, integrante do Conselho de Habitação, o projeto deveria ser envolvido mais debate além da audiência e maior análise técnica, inclusive pelo órgão.
“O que eu diria, basicamente, que é descaracterização do bairro sem consulta aos moradores, sem consulta ao Conselho conforme prevê a lei. Mas uma manifestação oficial do órgão depende da discussão com o colegiado”, afirmou.
Diaz destacou ainda que boa parte dos corredores pode realmente receber serviços e empresas, mas que o processo está equivocado pela forma de implantação sem debates anteriores, especialmente com o conselho.