Memória

Promissão eterniza Katrina na arena em que delegado a matou

Um ano após morte violenta, menina Katrina Bormio ganha homenagem com monumento, memória e mensagem de amor

Promissão eterniza Katrina e mensagem de amor na arena em delegado a matou

Marília - Um ano após a morte de Katrina Bormio Silva Martins, uma homenagem em Promissão eterniza a menina com mensagem de amor na arena em que tiro de um delegado a matou.

A menina deixava a festa em 4 de agosto quando houve uma confusão entre um morador e policiais militares. O delegado Vinícius Martinez, que vivia em Marília, ‘pulou à frente’ dos PMs, fez quatro disparos, um deles matou Katrina.

Em março deste ano, a Câmara da cidade aprovou lei que dá o nome de Katrina para a arena, palco da Festa do Peão da cidade.

Promissão eterniza Katrina e mensagem de amor na arena em delegado a matou
Francisco e Sabrina, pais de Katrina, no monumento que eterniza Katrina na Arena de Promissão

A cidade vive neste final de semana a primeira edição da festa após a triste e absurda morte e, assim,, um monumento, com foto e currículo, celebra a vida de Katrina.

A imagem no concreto apresenta Katrina como um anjo, inclusive com asas, em um grande kardim de girassóis.

O texto, em resumo, lembra a estudante de ensino médio que era a princesinha do Papai e uma menina de muita fé e religiosidade.

Uma estrela

Ao final, dá uma nova dimensão à imagem de Katrina, que apresenta como uma “Estrela a iluminar Promissão”.

Promissão eterniza Katrina e mensagem de amor na arena em delegado a matou

Há um ano, todos os dias, a família e amigos lembram a pessoa que Katrina foi. O tiro mudou o que ela poderia ser e, até, a imagem do espaço onde morreu. Assim, a homenagem mostra algo que a coletividade pode fazer: lembrar e celebrar sua vida.

Faz isso sem nem citar ou tratar de Vinícius Martinez, autor do disparo. A resposta ao envolvimento dele depende da Justiça, que, por enquanto manda o caso ao Júri Popular.

Uma situação que a defesa quer impedir com argumentos como legítima defesa tiro para o alto ou, no limite, homicídio culposo. Nenhuma delas desfaz a principal informação do envolvimento: com uma outra forma, o delegado matou a menina.

E fica cada vez menor a possibilidade de apagar a memória de quem foi Katrina.