
Motoristas da empresa Grande Marília fizeram paralisaram linhas da empresa na cidade na manhã desta quinta-feira em protesto relâmpago contra atraso nos salários e falta de informações sobre pagamento. Ônibus que atendem as zonas norte e leste ficaram sem circular das 6h às 8h, um horário de pico.
Segundo o sindicato dos trabalhadores a empresa pagou apenas 30% dos salários sem programação para complementar os valores. É o terceiro mês consecutivo que o atraso acontece e a segunda paralisação em protesto dos motoristas.
O presidente do sindicato, Aparecido Luís dos Santos, disse que deve protocolar ainda hoje uma notificação para a prefeitura e Justiça de trabalho com a convocação de uma greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira.
Ele afirmou ainda que a paralisação foi uma iniciativa dos trabalhadores. “Fomos pegos de surpresa. Alguns motoristas me telefonaram e pediram para ajudar. Cheguei à garagem às 3h15 e o pessoal decidiu fazer o protesto”, disse.
A empresa Grande Marília diz que ofereceu o pagamento de somente 30% do salário “e não tem previsão de conseguir pagar o restante, pois não existe receita no sistema, e a Prefeitura de Marília se recusa a receber a empresa para se chegar a uma solução que viabilize o sistema”.
FIM DO CONTRATO
A Grande Marília, oficialmente registrada como Transporte Grande Bauru, está em embate com a prefeitura para encerrar o contrato de prestação dos serviços na cidade e anunciou que encerraria atividades no dia 31 de março.
Uma liminar da Vara da Fazenda a pedido da Prefeitura determinou que a empresa mantenha o atendimento por ser um serviço essencial. A Grande Marília recorreu ao Tribunal de Justiça para reverter a medida.
O agravo de instrumento chegou na quarta-feira, dia 7, ao relator do processo, o desembargador Antonio Celso Faria, e ainda não tem despachos.
Segundo o sindicato, a Grande Marília havia convocado os trabalhadores para encaminhar demissões no dia 31 de março, mas os contatos foram encerrados com a liminar.
Aparecido disso que direitos trabalhistas, como FGTS e recolhimento do INSS estão regulares e o único problema são os atrasos nos salários. A empresa diz não ter fluxo de caixa para fazer os pagamentos.