Marília

Rapaz de 17 anos acusa patrão de assédio sexual em Marília; polícia investiga

Rapaz de 17 anos acusa patrão de assédio sexual em Marília; polícia investiga

Um adolescente de 17 anos acusa seu patrão, dono de uma pequena empresa de telecomunicações em Marília, de assédio sexual, incluindo oferta de bebida alcóolica. O caso foi registrado na Polícia Civil da cidade nesta quarta-feira. Todos os nomes e informações que possam identificar a empresa e o jovem serão omitidos.

A denúncia foi acompanhada por imagens com a reprodução de conversas em que o patrão convida o adolescente para “tomar vinho e fazer umas loucuras”. Em repetidas mensagens o homem pede ao rapaz para não contar para ninguém.

A conversa teria ocorrido na tarde de sábado e começado por questões profissionais. O Giro teve acesso a algumas imagens das conversas.

O jovem estava na empresa e os contatos parecem tratar de questões internas, como falta de energia. A conversa começa com um áudio, ao qual o Giro não teve acesso, e continua com respostas escritas

Patrão – Mas você não vai embora? Tá enrolado aí
Menor – dois áudios não identificados
Patrão – Acredito que não. E energia. Assim que voltar se Deus quiser volta tudo. Agora se você quiser que eu leve um vinho aí pra tomar.
Mas se precisar fica aí

Novas mensagens não identificadas, provavelmente sobre trabalho

Patrão – Veja o que achar melhor. Mas se quiser eu levo um vinho pra tomarmos aí. (risos)
Menor – Áudio não identificado
Patrão – Não. Mas é o vinho para gente tomar. E não para te dar de presente
Menor – Aaaa (risos)
Menor – Mas aceito então
Patrão – Mas nem comenta com ninguém né
Patrão – Só nós
Patrão – (risos)

A conversa segue com várias mensagens sobre bebida até que o patrão pergunta sobre colchão no prédio. E manda vídeos pornográficos com a mensagem “pra animar”.

As mensagens incluem textos sobre preferências sexuais, o patrão envia dois vídeos e eles conversam sobre compra de camisinha. O menor diz que não tinha nenhuma.

O homem avisa que vai tomar um banho mas que teve problemas e pergunta se podem adiar. O adolescente diz que precisa ir pra casa, para marcar outro dia. “Mas morre entre nós tá” diz o patrão.

Em dia posterior, o jovem bloqueou mensagens do patrão. Na denúncia à polícia ele diz que não voltou mais à empresa e nem falou com o homem.