Marília

Rapel cresce em Marília e ganha visibilidade com Turismo e cuidado ambiental

Rapel cresce em Marília e ganha visibilidade com Turismo e cuidado ambiental

As recentes ações para limpeza de cachoeira, apoio a serviços de segurança e incentivo ao turismo deram mais visibilidade e reconhecimento a equipes de rapel em Marília.

A prática, que orienta e promove descida de paredões com cordas, muito conhecida por uso em serviços de resgate, envolve turismo e trilhas em mata, palestras em escolas, resgate de animais e muito mais.

Uma ação no início deste ano para recolher 1.400 litros de lixo na área de uma cachoeira na zona sul da cidade, mostrou a importância do treinamento e da atuação voluntária. Dois grupos – Athenas e Gaya – participaram com ambientalistas da ONG Origem na ação.

“A Origem já desenvolve o trabalho desde 2013. Esta atividade especifica foi organizada a partir de uma visita técnica ao local com um parceiro da equipe Gaya. Identificamos a demanda e decidimos fazer a ação. Apresentei a ideia ao grupo da Origem, que imediatamente se prontificou em participar da atividade”, explica Rodrigo Marcheselli, praticante e instrutor da Gaya.

Rodrigo diz que embora não exista nenhuma iniciativa pública direta hoje para fomentar o turismo de aventura, o setor cresce e o público tem se mostrado bastante fiel e receptivo.

Ele é também um dos coordenadores do Projeto ATHENAS – Educação Ambiental e Manejo de Fauna, orientado em parceria com Juliana Guarnieri, desenvolvido há quase dez anos. Promove trilhas, cursos e atividades de educação ambiental. É independente e custeado com recursos próprios.

“Em 2019 perto de 3.000 pessoas participaram das atividades, como palestras que vão de público em cursos de nível superior a fundamental, além de feiras e eventos. “

O grupo faz também tratamento e reabilitação de animais silvestres que são resgatados e/ou apreendidos pela Polícia Ambiental e Bombeiros. “Passaram pelo projeto pelo menos 300 animais, de quase 200 espécies diferentes.”

Não há um levantamento preciso sobre o número total de cachoeiras ou quantas possuem real potencial de exploração turística. “Mas em conversa com outras equipes de esportes de aventura, praticantes de trekking e outros visitantes já ouvi que existem pelo menos 50. Não visitei todas ainda.”

Há aproximadamente um ano foi iniciado um trabalho de demarcação de trilhas com GPS. Também estamos classificando estas trilhas de acordo com o nível de dificuldade, de acordo com as normas técnicas especificas da área. Listamos dez apenas.

Rodrigo explica que uma preocupação central é com a segurança do público. As equipes envolvem pessoas treinadas a realizar primeiros procedimentos de socorro e kit de primeiros socorros.

“Antes de levar visitantes, nós da equipe, fazemos uma visita técnica para identificar as características do relevo e os pontos críticos, a presença de animais peçonhentos tais como serpentes, aranhas e principalmente abelhas. No início da atividade é feita uma instrução sobre as questões ambientais, buscando a geração do menor impacto ambiental possível.”