Marília

Recém-criada, Frente dos Professores de Marília cresce em campanha por extensão da merenda

Recém-criada, Frente dos Professores de Marília cresce em campanha por extensão da merenda

O abaixo-assinado para incluir professores e funcionários de escolas no atendimento com merenda escolar em Marília – lançado na quinta-feira – marcou também o nascimento de uma nova entidade da categoria, a Frente dos Professores, que chega com base em 20 escolas estaduais e deve buscar integração com outros grupos da categoria.

A frente foi formada a partir de um núcleo de seis educadores que já ganharam apoio nas outras unidades. O abaixo-assinado foi a primeira ação e a boa repercussão já adianta outras ideias.

Atingir toda a base da diretoria de ensino é uma delas e interagir com mais entidades de representação é outra.

“A campanha viabiliza em um próximo momento uma forma mais ampla e consolidada. Em 24h tivemos um nível significativo de apoio e na próxima semana vamos procurar as outras entidades como a Apeoesp e CPP (centro do professorado Paulista) para conectar atividades”, disse a professora Adriana Ronchi, 36.

Graduada em Ciências Sociais, mestre em sociologia e publicitária, ela é uma das fundadoras do grupo, que conta ainda com nomes como João Rasativado, mais conhecido como João Ras, articulador de projetos culturais como Sarau do Saci na cidade.

Adriana explicou que o lançamento do abaixo-assinado foi a primeira ação por toda situação da categoria e dos funcionários em geral como salários sem reajuste, perda do poder aquisitivo com aumento de preços e sobrecarga de demandas na retomada das atividades.

“A epidemia mostrou a grande desigualdade social na escola. Alunos de periferia sem celular, sem internet, perdas na formação e tudo isso vai ter que ser recuperado com trabalho do professor, que vai estar na escola e ter que comer em marmita. A merendeira que cozinha não pode fazer sua refeição. Isso é um absurdo”, disse.

Segundo a educadora, é um problema que não trata de falta de alimentação na escola, mas da forma como ela é gerenciada.

“Tanto que em vários municípios os professores fazem refeição na escola. A legislação estadual permite que a partir de um projeto pedagógico seja garantido o direito da alimentação”, disse.