Uma campanha inspirada na luta do estudante mariliense Renan, 16 anos, criou uma nova corrente por doações de medula óssea em Marília e toda a região.
A iniciativa, formada a partir de familiares e amigos dos estudantes, criou um grupo de voluntários para disseminar informações e pedir doadores.
Renan Netto Teixeira enfrenta desde 2017 uma luta contra um linfoma, que neste ano levou ao diagnóstico para transplante. O caso começou como um inchaço na garganta que levou a um bloqueio da glote.
“Essa campanha não é só pelo Renan, é para milhares de pessoas. É muito difícil encontrar doadores de medula, é importante o maior número possível de cadastrados”, diz André Luiz Sarmento Teixeira, pai do estudante.
Ele conta que o caso começou após relato de dores na garganta. Havia marcado uma consulta para o filho, saiu em viagem a trabalho mas decidiu retornar naquela noite mesmo. Encontrou o filho acordado, estudando.
“Nada me fazia parar, fui chegar de madrugada e o Renan estava acordado. Ele foi deitar, tomei banho, quando acabei de me trocar ele acordou desesperado com a mão no pescoço, sentou no sofá e caiu na sala. Fiquei desesperado”, conta o pai.
Renan Netto, 16 anos, enfenta tratamento e incentiva doação e campanhas de outros pacientes
A mãe, Solange Regina Netto Teixeira, conseguiu desobstruir um pouco da garganta com as mãos enquanto esperava o Samu. Renan foi levado à Santa Casa e direto para a UTI, onde ficou por 60 dias. Os exames detectaram um tumor, um linfoma tipo T, considerado comum em jovens.
“Felizmente fomos muito bem atendidos pelo Dr Hugo Victor Carrasco, um mestre, com todo amor do mundo conseguiu estabilizar a situação do Renan, que ficou 20 dias entubado, até o tumor diminuir, começou a fazer quimioterapia.”
Após quase um ano de tratamento o linfoma parecia eliminado, havia uma massa tumoral, que foi retirado pelo médico Sílvio Uvo. Passados quatro meses começou a sentir os mesmos sintomas outra vez: o linfoma havia voltado.
Nova sessão de quimio e radioterapia e o linfoma sumiu. Mas apareceram dores nas costas e com elas diagnóstico para o transplante de medula e a busca por doador. O pai é 50% compatível. Um irmão poderia ser mais, mas Renan é filho único.
DOAÇÃO
Voluntários para a doação devem ir ao Hemocentro para um cadastro. Em caso de compatibilidade com um receptor, os doadores são chamados para procedimento. A medula se recompõe em 15 dias .
O Hemocentro fica na rua Lourival Freire, 240. O horário de atendimento é das 7h às 13h, de segunda sábado. Mais informações pelo telefone 3402-1851