Marília

Reparação por obra de bairro em Marília vai bancar estudos em 19 sítios arqueológicos

Sítio arqueológico em Timburi – reprodução
Sítio arqueológico em Timburi – reprodução

Uma incorporadora responsável pela implantação de um conjunto de lotes residenciais em área nobre de Marília vai financiar um estudo de cadastro e recadastro de 19 sítios arqueológicos como “reparação de dano extrapatrimonial de bem arqueológico” na cidade.

A medida atende um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) depois que a empresa lançou o conjunto de lotes no bairro Parque das Esmeraldas, na zona leste da cidade.

O empreendimento teve implantação parcial antes dos estudos arqueológicos preventivos exigidos por lei, o que cria o risco de perda de patrimônio arqueológico na movimentação de terra e obras. 

O relatório do projeto Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico acabou aprovado, mas o Iphan apontou situação de dano presumido em área de alto potencial arqueológico.

Embora os danos tenham ocorrido em Marília, tanto os sítios a serem avaliados quanto os envolvidos no trabalho são de outras cidades do estado.

O sítio mais próximo fica em Pompéia. Outras áreas a receberem o trabalho fica em Ribeirão do Sul, Salto Grande, Timburi e Piraju, todos no Estado de São Paulo.

O trabalho será feito por uma empresa de consultoria arqueológica com sede em Mirandópolis, com endosso financeiro da incorporadora responsável pelo loteamento e apoio institucional do Museu Municipal Elisabeth Aytai, de Monte Mor.

O recadastramento envolve pesquisa documental e bibliográfica; produção de relatório da pesquisa documental; projeto para pesquisa nos locais; relatório parcial e relatório final das atividades.

A equipe responsável conta com cinco arqueólogos que vão fazer pesquisa em arquivos do Iphan e outras Instituições, em publicações científicas e consultas a pesquisadores responsáveis.

Todos os locais estão inscritos no Cadastro Nacional dos Sítios Arqueológicos – CNSA e terão atualização de informações referentes à localização, delimitação, georreferenciamento e no aprimoramento da caracterização dos sítios.