Em uma canetada o prefeito Daniel Alonso vai mudar o cenário político de Marília, colocar aliados no jogo e buscar fôlego na Câmara da cidade em meio ao debate de duas pautas polêmicas e impopulares: a reforma da previdência e a criação da nova Taxa o Lixo.
A manobra envolve uma mudança administrativa: o vereador Rogério Alexandre da Graça, o Rogerinho (PP), será nomeado para assumir o Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília).
Sua saída da Câmara abre espaço para que o suplente João dos Santos Diniz, o João do Bar, retorne ao Legislativo. Ele encerrou seu primeiro e único mandato em 2020, alinhado à gestão de Daniel.
Marcelo de Macedo, atual presidente do Daem, deve ser nomeado para o cargo de Assessor de Assuntos Estratégicos, que está vago, e segue no primeiro escalão da administração.
Além do potencial voto a mais na Câmara com a entrada de João do Bar, a medida leva para o bloco do prefeito o vereador mais votado em 2020 e que foi candidato em chapa de oposição a Daniel.
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O prefeito tem reforçado desde o começo do mandato relação com outros parlamentares eleitos na oposição, como Elio Ajeka e ainda vai depender de muita articulação para aprovar os dois projetos polêmicos e impopulares.
Ajeka tem oscilado em ações de apoio e combate à administração. Comanda a CPI da Covid – que tentou deixar – mas fugiu de confronto na audiência pública que discutiu a proposta da nova taxa da coleta de lixo.
Eleito pelo mesmo partido de Rogerinho e João do Bar, Ajeka tende a ser um potencial aliado. Mas o prefeito ainda tem muito a fazer para garantir maioria na Câmara, como reforçar a articulação com Vânia Ramos e Ivan Luís, o Ivan Negão.
A base governista passará a ter Marcos Rezende, atual presidente; Evandro Galette, atual vice; Júnior Moraes; Professora Daniela e João do Bar. É pouco. A aproximação de Ajeka, Vania e Ivan seria um marco para Daniel mas ainda faltaria pelo menos um voto para ter tranquilidade garantida.
