Um balanço dos gastos da Saúde de Marília no enfrentamento da epidemia de coronavírus na cidade entregue à Câmara de Marília nesta segunda-feira mostra que a cidade já realizou 91.769 testes de investigação da doença.
O balanço mostra ainda que a cidade recebeu R$ 43,3 milhões para custeio das medidas de atendimento e usou R$ 36,8 milhões.
A diferença dos valores estaria na reserva para pagamentos de licitações já encaminhadas e contratação de leitos hospitalares, que passam por auditoria técnica antes dos pagamentos.
O secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto Júnior, afirmou que os 91 mil testes envolvem muitos casos repetidos, especialmente em situação de pacientes internados.
“O positivo não faz um teste só. Quando testa na unidade faz um, no hospital faz, quando sai faz. Então o paciente passa por mais um teste e de diferentes tipos, afirmou.
Cássio também explicou dúvidas sobre os valores e afirmou que a prefeitura oferece a forma mais cara de testes, o PCR, desde a rede básica e tem comprado com preços abaixo do mercado.
O teste é feito com coleta de mucosa no nariz e garganta com grandes hastes com algodão. A cidade registra 63.846 destes testes. O teste rápido, usado em ações especiais da Secretaria, somou 18.552 exames.
Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa na Câmara durante a entrega do relatório à uma comissão criada para acompanhar a gestão do controle da epidemia.
As informações vinham sendo cobradas por vereadores e na semana passada uma sessão da Câmara teve várias críticas e dúvidas sobre o atendimento.
Segundo Cássio, o enfrentamento à Covid recebeu R$ 74 mil repassados pela Justiça Criminal através de multas em condenações de réus, R$ 4,6 milhões do governo do Estado e R$ 38,6 milhões do governo federal.