Marília

Servidores da Saúde denunciam Fefin Júnior e pedem cassação de mandato

Servidores da Saúde denunciam Fefin Júnior e pedem cassação de mandato

Uma denúncia assinada por 32 servidores da Saúde protocolada na Câmara de Marília na tarde desta terça-feira pede a abertura de uma Comissão Processante e a cassação do mandato do vereador Osvaldo Féfin Júnior, que usa o nome político de Agente Federal Júnior Féfin, por quebra do decoro parlamentar durante uma visita ao Pronto Atendimento da Zona Sul.

Féfin é acusado de ofender e intimidar funcionários e pacientes, especialmente a enfermeira-chefe Maria Angela Rodrigues. O vereador cobrava informações sobre estoques de remédios e indicação de uso de medicamentos vencidos.

A relação de servidores responsáveis pela denúncia envolve equipe médicas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares em diversas áreas de atendimento. A denúncia apresenta ainda uma relação de testemunhas.

A representação inclui um relato de Maria Ângela sobre o caso e diz que o vereador tentou inclusive acessar a área restrita de atendimento a pacientes com Covid, mas foi impedido por um segurança da unidade, que é apontado como testemunha no caso.

O relato cita ainda situação de contato pessoal quando a enfermeira tentou evitar que um assessor do vereador filmasse seu rosto durante a conversa. A enfermeira foi empurrada e ameaça de representação. “Tá maluca?”, disse o vereador no local, em vídeo que ele mesmo divulgou.

O documento afirma que a conduta do vereador “é repugnante, extremamente reprovável, e não condiz com a conduta de um homem de família, de caráter, moral e bons costumes”.

A denúncia afirma ainda que o caso “abalou psicologicamente, emocionalmente e fisicamente toda a equipe de colaboradores” do PA em meio ao “furacão” de atendimento à epidemia de Covid-19 .

Féfin nega as acusações, diz que a denúncia foi fabricada para intimidar sua atuação e que o trabalho de um agente federal como vereador incomoda políticos.

A denúncia será encaminhada para parecer da Procuradoria Jurídica da Câmara que vai decidir se ela segue para votação e análise pelos vereadores. Depende de aprovação do plenário e formação de uma comissão processante para abertura de um processo de cassação. Acusado, Féfin não participa da votação e um suplente deve assumir seu lugar.