
Uma assemblia virtual da Associação dos Servidores do Poder Judiciário em São Paulo aprovou proposta de uma ‘greve sanitária’ com orientação para que os trabalhadores recusem a convocação para retomada dos serviços pressenciais nos diversos setores da Justiça.
Segundo o comunicado oficial da associação, “não é a hora de retomar as atividades presenciais”. O retorno do atendimento presencial está marcado para o dia 27 de julho.
“Ficou claro durante a Assembleia que a preocupação é com a vida dos servidores e não é uma briga com o Tribunal de Justiça. Ninguém está deixando de trabalhar, é uma conjuntura temporária, apenas enquanto o crescimento de casos do Covid-19 não estiver controlado”, diz a entidade.
Claudia Damião, vice-presidente da Assojubs, propôs a opção da greve sanitária ou ambiental e deu o exemplo dos EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) disponibilizados aos oficiais de justiça. “Apesar de estarem nas ruas, cumprindo os mandados urgentes, desde o começo da quarentena decretada no Estado, receberam apenas uma máscara e um frasco de álcool em gel nesses quatro meses”, diz a entidade.
A presidente da Assojubs, Regina Helena Assis, também defendeu a greve sanitária ou ambiental e apontou que os números de contaminados pelo vírus só aumentam e a melhor forma de combater esse crescimento é o distanciamento social, indicado pelos órgãos competentes. “O TJ vai se responsabilizar pelos óbitos a partir do dia 27”?
Ficou definido, além da greve sanitária ou ambiental o seguinte ao final da Assembleia:
– Encaminhamento de ofício ao TJ-SP e demais autarquias competentes;
– Comunicação da greve nos veículos de imprensa e portas dos prédios dos fóruns para explicação sobre a greve sanitária ou ambiental.
– Nova Assembleia para avaliar os primeiros resultados da greve sanitária ou ambiental na próxima terça-feira, 28 de julho, 10 horas.