O Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Municipais de Marília apresentou nesta sexta-feira uma nova proposta de acordo salarial à prefeitura da cidade – a terceira apresentada desde o início da campanha salarial – com previsão de 15% de reajuste salarial e R$ 200 de acréscimo no Vale Alimentação.
A proposta foi encaminhada em rodada de negociação que acabou antecipada mais uma vez e havia sido definida durante uma audiência virtual de conciliação promovida na quinta-feira por determinação do Tribunal de Justiça.
A previsão da categoria é receber resposta oficial da administração até a terça-feira, dia 5, e até lá a greve será suspensa. Às 18h da terça haverá nova assembleia para definir os rumos da campanha salarial.
No mesmo horário a Câmara da cidade estará em sessão e pode colocar em votação projetos da prefeitura para reajustar salários em 3% e dar ao vale alimentação acréscimo de R$ 100.
Apesar da suspensão da greve, a mobilização será mantida e a assembleia realizada na tarde desta sexta aprovou proposta de uma manifestação a ser realizada na segunda-feira, dia 4, feriado municipal pelo aniversário da emancipação política do município.
A manifestação deve aproveitar a presença de autoridades em solenidade prevista para acontecer em frente ao Paço Municipal, com hasteamento da bandeira e discursos oficiais.
A campanha salarial dos servidores é a mais acirrada desde 2015, quando houve greve da categoria. A primeira pauta de reivindicação incluía previsão de 43% de reajuste e equiparação do vale alimentação ao valor pago pela Câmara – R$ 932 -, um aumento de 120% para o vale de R$ 420 pago atualmente.
Após uma manifestação com paralisação e forte impacto especialmente na Educação, a prefeitura apresentou a contraproposta dos 3% de reajuste e R$ 100 a mais no vale.
A proposta foi rejeitada em novo dia de protesto em 29 de março, com paralisação de escolas. Os servidores mudaram a reivindicação para 23% de reajuste e vale de R$ 713 e marcaram greve por tempo indeterminado.
A prefeitura levou o caso à Justiça e encaminhou os projetos de reajuste à Câmara. Conseguiu uma liminar que proíbe a greve dos trabalhadores – veta até paralisação parcial – e uma autorização para desconto dos dias parados.