Um protesto de servidores do poder Judiciário em Marília paralisou atividades por uma hora na manhã desta quarta-feira em campanha salarial da categoria, que acusa três anos sem reajustes.
Os servidores pedem 37% de reposição salarial. O Tribunal acena com 10% e diz que este é o índice máximo. Segundo os servidores, os 10% não atingem toda a categoria e a previsão gteral é de reajuste de 5,9%.
Os trabalhadores também reivindicam reajuste para auxílio saúde e o vale alimentação. Os manifestantes dizem que ainda não há uma oferta de reajuste pelo Tribunal para estes índices.
A categoria também quer discutir perdas com o sistema de home office adotado durante a epidemia de covid-19, que teria provocado aumento de gastos pessoais sem reposição de valores.
Compra de equipamentos, acessórios, gastos com internet, energia e material de uso diário foram alguns dos gastos extras apontados. Assembleia em São Paulo vai definir os próximos passados da campanha.
Os trabalhadores já sinalizaram a possibilidade de greve no setor. Em encontro com jornalistas no início da semana o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ricardo Anafe, anunciou 10% de reajuste.
“Foi difícil para o tribunal. Tivemos entre 2021 e 2022, em termos globais, diferença de 5,62% entre um orçamento e outro. Ao mesmo tempo em relação ao pessoal foi de 5,91%. Aumento vegetativo da folha que não tivemos ano passado.”
Anafe disse ainda que é o máximo ao que o tribunal poderia chegar. “Então eu não imagino como alguém pode conceber falar em greve ou coisa que o valha”, disse Anafe.