Marília

Sindicâncias vão investigar contratos de Bulgarelli rejeitados pelo TCE

Sindicâncias vão investigar contratos de Bulgarelli rejeitados pelo TCE Sindicâncias vão investigar contratos de Bulgarelli rejeitados pelo TCE Sindicâncias vão investigar contratos de Bulgarelli rejeitados pelo TCE Sindicâncias vão investigar contratos de Bulgarelli rejeitados pelo TCE
Tribunal recusou aditivos com reajuste de preços
Tribunal recusou aditivos com reajuste de preços

A Corregedoria do Município de Marília instaurou duas sindicâncias para apurar responsabilidades e adotar medidas  em relação a dois contratos de fornecimento de alimentos julgados irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado.

São casos antigos, da primeira gestão do ex-prefeito Mário Bulgarelli em 2006 e 2007, mas que só tiveram acórdãos transitados em julgado no final de 2014. As irregularidades em preços – e fornecimento de alimentos – envolvem compra de carne para rede municipal de ensino e o Grupamento de Bombeiros e a compra de cestas básicas para os servidores.

Nos dois casos, o Tribunal de Contas julgou irregulares aditivos de contrato, ou seja, novas cláusulas e obrigações adicionadas ao contrato original. A mais grava foi na compra de carnes. Apenas dois meses após a compra, a empresa Diomar Pereira – ME pediu – e a prefeitura concordou – um reajuste de preços.

O relatório do Tribunal de Contas mostra que, sete meses depois do reajuste, um novo contrato de fornecimento foi feito com preços mais baixos. Além disso, o Tribunal revelou que muitas escolas reclamaram da falta de carne., Ou seja, o preço subiu sem as escolas receberem alimentos para a merenda.

No caso das cestas básicas, o aditivo também foi um golpe para aumentar os preços. A empresa pediu e conseguiu reajuste na faixa de 23%. Apesar disso, segundo mostra o Tribunal, no mesmo período a empresa Comercial João Afonso Ltda vendeu cestas a outro município com preços mais baixos que os praticados em Marília.

Apesar das duas decisões – já sem possibilidade de recursos – não há perspectiva de responsabilização de ninguém pelos danos ao patrimônio e muito menos perspectiva de devolução dos recursos públicos gastos nos aditivos.