Servidores da rede municipal de ensino podem fazer um dia de paralisação em protesto contra riscos na retomada de atividades presenciais nas escolas da cidade. A data foi definida em uma assembleia virtual, a segunda da categoria, e manteve a proposta de estado de greve na educação.
Segundo um comunicado do Sindicato da categoria, a assembleia extraordinária contou com a participação de ao menos 60 profissionais representando 40 das 62 escolas do município. O Sindicato pretende fazer ainda uma consulta pública, para identificar todos os problemas na rede municipal de ensino em Marília.
O diretor sindical Luciano Cruz disse que a consulta vai ser feita por meio do “Google Forms”, que é um formulário enviado online para os profissionais.
“Neste documento, será possível identificar os problemas relativos à falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e EPC (Equipamentos de Proteção Coletiva), uso de equipamentos pessoais na execução do trabalho sem uma contrapartida do Poder Público, denúncia de descumprimento do registro de covid-19 como acidente de trabalho e outras questões”, apontou Cruz.
O presidente da entidade, José Paulino, informou ainda que o cronograma começa com a consulta pública e termina com uma nova assembleia extraordinária.
“Enquanto acontece a consulta pública, estaremos nos mobilizando para fazer uma carreata no dia 21 de fevereiro e no dia seguinte (22/02) vamos fazer a paralisação, como forma de sensibilizar o governo municipal dos problemas que estamos enfrentando”, disse.
No mesmo dia será feita uma nova assembleia extraordinária, para deliberar se os profissionais da educação vão cruzar os braços de forma definitiva, na chamada “greve sanitária”, exigindo vacinação de todos os profissionais, testagem periódica e outras medidas necessárias para garantir a segurança na volta às aulas.