Reconhecida como centro médico e referência de atendimento em Saúde, Marília tem apenas uma unidade do sistema de oxigenação do sangue por membranas extracorpóreas, o ECMO, sigla em inglês para o procedimento que ficou mais conhecido pelo uso no atendimento ao ator e humorista Paulo Gustavo, .
Não é exclusividade ou deficiência local: grandes centros do país também atuam sem a oferta do sistema, que envolve alto custo e muitas exigências de uso.
O equipamento de Marília está no Hospital Beneficente da Unimar, mas não foi incorporado à lista der serviços credenciados do SUS, ou seja, só pode ser utilizado em atendimento privado. O Hospital das Clínicas, referência para atendimento do SUS na região, e a Santa Casa, disseram não ter equipamento para uso na cidade.
Foi usado também no atendimento a outros casos de repercussão, como o então prefeito de Goiânia, Maguito Vilela, falecido em janeiro deste ano.
A cobertura do caso de Maguito mostra que mesmo na capital de Goiás não havia equipamentos para uso pelo prefeito.
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O uso da tecnologia chegou a ser discutido para integração ao SUS em 2015, mas foi descartado em função dos custos gerais envolvidos nos cálculos da época.
O ECMO tem alto custo de investimentos, manutenção e funcionamento. Permite a oxigenação em casos de insuficiência respiratória grave e também em uso temporário em casos de transplante do coração ou parada cardíaca.
Mas as exigências vão além do alto custo de investimento. O sistema de alta complexidade exige acompanhamento de equipes com capacitação especial que envolvem médicos em diferentes áreas, enfermeiros, fisioterapeutas e profissionais de laboratório.
Embute riscos como outros procedimentos invasivos. Mas é indicado tanto no tratamento de adultos quanto de crianças.
A demanda pelo sistema em meio à epidemia provocou investimentos, programas de testes e desenvolvimento em unidades do SUS no país e até desenvolvimento de novos equipamentos, que incluem investimentos no interior paulista em uma empresa de Rio Preto.
