O prefeito Daniel Alonso anunciou em pronunciamento nesta tarde que vai seguir “à risca” todas as determinações da fase vermelha do Plano São Paulo “sem concessões, sem flexibilização” e pediu colaboração de empresários, trabalhadores e toda comunidade. Criticou abusos, festas e falta de controle.
“Infelizmente a população extrapolou. Basta ver as festas que ocorreram, as festas clandestinas que tivemos que combater. Não vamos permitir abusos, não vamos permitir desobediência. Muita gente está se sacrificando. Precisamos que todos façam sua parte”, disse Daniel.
O anúncio foi feito alguns minutos depois de o governo do Estado anunciar a regressão de Marília para a faixa vermelha, principalmente por causa de ocupação de UTIs. As medidas valem a partir de segunda-feira, ou seja, o final de semana ainda deve ter bares, pequenos eventos, salões e academias abertos.
A nova fase representa fechamento do comércio em geral, de salões, academias, eventos, shopping centers, atendimento presencial em bares, restaurantes e lojas de conveniência. Ficam autorizados os serviços considerados essenciais, como supermercados, farmácias, açougues, postos de combustíveis, telecomunicações e saúde.
Segundo o prefeito, o momento exige que a cidade atue com muita responsabilidade. “A nossa situação não é nada fácil, é muito preocupante. Os números nos colocaram na faixa vermelha, governador e sua equipe acabaram de anunciar. E neste momento nós não temos a mínima condição de fazer concessões, de minimizar.”
Daniel disse ainda que quando a ocupação dos leitos de UTI estava abaixo de 30% ou 40%, foi possível fazer enfrentamento contra as regras de restrição. A cidade atingiu na quinta 100% de ocupação em leitos particulares e 96% em ocupação de UTIs do SUS, uma alta que se mantém desde o início do ano.
“Em nenhum momento tivemos ocupação de 100% de leitos de UTI. Tivemos um dia em setembro com ocupação de 80%, no dia seguinte caiu para baixo de 50%, foi muito confortável para nós durante os dez meses de pandemia a estrutura hospitalar que criamos.”
O prefeito disse também que conversou com a equipe do governador João Dória e o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, e que a cidade terá mais 25 leitos de UTI.
“Temos que aumentar número de leitos e contratar, essa parte de recursos humanos está muito difícil, muito complicado encontrar profissionais, mas estamos fazendo todos os esforços.”