Marília

Vai fechar? Marília recebe casos da região e pede atenção para evitar retrocessos

Vai fechar? Marília recebe casos da região e pede atenção para evitar retrocessos

O secretário municipal de Saúde em Marília, Cássio Luiz Pinto Júnior, fez neste sábado um alerta para que a população mantenha medidas de controle do coronavírus, disse que os dados atuais de atendimento não indica retrocessos na epidemia mas que a atenção está elevada em virtude do aumento de casos e internações na cidade e todo o Estado.

Cássio disse em entrevista ao Giro Marília que a cidade recebeu nos últimos dias mais pacientes da região, tem casos de pacientes que procuram a rede de saúde com casos mais graves, além da evolução dos testes positivos.

A expectativa sobre um eventual retrocesso acompanha previsão de uma novo anúncio de atualização da quarentena pelo governo do Estado, a ser feito na segunda-feira, dia 30.

“A população baixou a guarda, esquece que ainda não temos a vacina, o vírus está aí. Temos visto festas, situações particulares de descontrole. A Vigilância está nas ruas, ontem fez ações especiais no comércio”, disse o secretário.

Pesquisador durante programa de testes realizados em bairros de Marília

Cássio disse que as regras estaduais são influenciadas por resultados de todas as regiões. Afirmou que a cidade nunca atingiu limite de internações.

“Não temos bola de cristal, trabalhamos com números, estatísticas, as manifestações são feitas de acordo com o momento. Hoje a realidade é que a cidade nunca atingiu 100% não atingiu índices para retroceder. Isso pode mudar. O mais importante é que a população mantenha os cuidados”, disse o secretário.

Para o secretário, uma das previsões é que sem retrocesso a cidade tenha maior atenção às regras do Plano São Paulo, que inclui limites de capacidade de público e de horários de atendimento.

“Pelos dados de hoje acredito que a cidade conseguirá manter a fase amarela. Mas temos repique de casos, aumento de internações e óbitos. Cidades da região já atingiram 100% de sua capacidade de leitos para Covid-19, como algumas cidades da região e próximas. Cresceu internação no litoral, em várias regiões. Em Marília saímos de 30% para até 60% de ocupação.”

Afirmou que a atração de pacientes da região não representa número grande, mas impacta. Disse que Marília ainda apresenta baixas taxas de ocupação em leitos clínicos, pode até ampliar estas vagas, mas não consegue ampliar de forma rápida leitos de UTI.

“UTI não é só equipamento. Não adianta ter só respiradores. Envolve mais equipamentos, espaço físico e especialmente de equipes capacitadas, com EPIS à disposição”, disse o secretário.


Cássio disse ainda que a cidade mantém sexto lugar em índice de óbitos por cem mil habitantes, em posição mais confortável que grandes centros médicos.

O Estado tem regiões na faixa verde, com maior liberdade, na capital, grande São Paulo e litoral, e faixa amarela em todo o interior, com autorização para praticamente todas as atividades.

Na região, o prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo, Otacílio Parras, divulgou alerta com previsão de fechamento. Segundo o secretário em Marília, a condição da cidade ainda não é alarmante, mas “preocupante”.

Ele afirmou ainda que a vigilância sanitária mantém estrutura de controle, acompanha todos os casos, a vigilância epidemiológica mantém monitoramento pessoal de pacientes, as reuniões com os hospitais e análise da estrutura são constantes.

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