Marília

Vereador é acusado de ofender servidoras no PA; caso vai à polícia e pode ter denúncia na Câmara

Vereador é acusado de ofender servidoras no PA; caso vai à polícia e pode ter denúncia na Câmara

O que poderia ser uma visita de vereador para acompanhar atendimento público virou um caso policial com repercussão políticas: funcionárias do Pronto Atendimento da Zona sul acusam o vereador Oswaldo Fefin Júnior de ofensas e agressões verbais.

O caso aconteceu no final da manhã desta quinta-feira quando o vereador foi ao PA, que está em situação de sobrecarga de atendimento em função da epidemia de Covid e outros serviços de saúde.

Uma denúncia foi registrada na Polícia Civil, que deve abrir investigação sobre o caso. O Sindicato dos Servidores também anunciou que vai acompanhar o caso e colocar o departamento jurídico da entidade para eventuais medidas. O Giro tentou contato com o vereador mas não obteve resposta.

“Ele estava gritando”, disse a gerente da unidade, Maria Ângela Rodrigues, enfermeira-chefe do PA. Um boletim de ocorrência foi registrado em que ela consta como vítima.

A repercussão óbvia já está encaminhada: tanto no sindicato quanto em outras instâncias já são estudadas medidas para representação política por quebra de decoro que poderia provocar até um processo de cassação de mandato do vereador.

ACUSAÇÕES

As funcionárias acusam Fefin de agressões verbais e de intimidar as equipes de atendimento com agressões verbais e até fisicamente.

Segundo as funcionárias, entre os vários ataques Féfin acusou a unidade de usar medicamentos vencidos, causar mortes de pacientes e de recusar informações. Teria reclamado até da falta de assentos nos vasos sanitários do banheiro.

O Giro apurou que o vereador teria começado a gravar um vídeo. A funcionária disse que interviu para que ele não usasse imagens pessoais dela sem autorização e o vereadora teria empurrado.

Uma testemunha diz que o vereador entrou pedindo informações sobre o atendimento e estoque de medicamentos para controle da epidemia. Foi encaminhado para procurar a área de Covid e teria iniciado o conflito com funcionárias.

O PA dispões de sistema de vídeomonitoramento, mas ainda não há informações sobre eventuais gravações do caso. Além disso, o sistema de gravações não incluiria áudios.

O PA da Zona Sul funciona em um modelo de gestão mista que une a prefeitura e os serviços terceirizados executados pela Gota de Leite. A equipe envolvida na discussão, incluindo a enfermeira-chefe, são servidoras municipais, mas ainda não há informações oficiais sobre envolvimento da Prefeitura no caso.