
O projeto Viva Argolo, uma proposta de revitalização e envolvimento comunitário para uma das maiores comunidades de Marília com 600 famílias, promoveu no final de semana o segundo mutirão, projeta recuperação de moradias, limpeza e atenção a crianças e adolescentes.
O Viva Argolo nasceu para unificar projetos e reunir voluntários em apoio a iniciativas que já estavam em andamento e foram ampliadas durante a epidemia de coronavírus.
Ação dos voluntários já provocou iniciativas como instalação de dez pias públicas de higienização – uma iniciativa do movimento Vinde Meninos, coordenado na comunidade pelo pastor Ricardo-, distribuição de refeições e até um programa de atividades esportivas que precisou ser suspenso por causa da epidemia.
O Viva Argolo une moradores, o Conselho Municipal de Habitação e Política Urbana, a ONG Covidas, a Origem associação ambientalista e o projeto Acredito Marília.
Os dois mutirões nos últimos finais de semana levaram para a comunidade na zona oeste de Marília um grupo de voluntários que trabalha na demolição de casas abaladas pelo último temporal na cidade.
O próximo passo é mais ousado: a reconstrução, que já conta com apoio de arquitetos, estudantes, voluntários em diferentes áreas e doações.
“É uma das maiores e mais antigas comunidades de Marília. E de trabalhadores, que saem de casa cedo, lutam muito e enfrentam muitas necessidades”, conta Érica Cristina da Silva, 37, faxineira que vive no local.
Ela já trabalhava com o projeto Vinde Meninos, que oferece refeições e um programa de encontros esportivos. O Viva Argolo abraçou esta causa e no final de semana promoveu ainda um grande almoço com feijoada para quase 200 pessoas.
“São projetos de anos. Olha, se for realizar todos os sonhos aqui vai ser muito lindo”, diz Érica.
O mutirão inclui ainda a limpeza em área de preservação e em torno do córrego próximo à ocupação, envolvida o roteiro de tratamento de esgoto na cidade.
Não existem vaquinhas ou contas para doações. Os avanços estão surgindo da força do voluntariado e da organização do projeto. “É uma comunidade em um lugar lindo, que não é tão difícil de organizar, que expandiu muito mas não tem becos, que funciona muito unida, uma família mesmo”, diz Érica.
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