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Mais mulheres estão fazendo exames preventivos de câncer de mama

Mais mulheres estão fazendo exames preventivos de câncer de mama Mais mulheres estão fazendo exames preventivos de câncer de mama Mais mulheres estão fazendo exames preventivos de câncer de mama Mais mulheres estão fazendo exames preventivos de câncer de mama
Divulgação Mais mulheres têm procurados os exames preventivos
Divulgação Mais mulheres têm procurados os exames preventivos


Um levantamento sobre o câncer de mama, baseado em informações das unidades de diagnóstico e dos hospitais do Rio de Janeiro da Dasa aponta um aumento da procura de exames preventivos no estado – um crescimento de 21% na realização de mamografias no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado. No contexto nacional, o aumento por exames na rede foi de 16,23%.

Apesar do acréscimo na procura, a Dasa identificou que cerca de 230 mil brasileiras, apesar da indicação, deixaram de fazer a mamografia nos últimos 12 meses. Segundo Fernanda Philadelpho, radiologista especialista em exames de mama da CDPI, marcas pertencentes a Dasa, o exame é o mais indicado para o diagnóstico precoce do câncer de mama e sua prescrição tem sido incentivada por entidades médicas, de acordo com os fatores de risco personalizados e associados ao histórico de cada mulher.

“Atualmente, tivemos mudanças nos paradigmas de rastreamento do câncer de mama, que deixaram de analisar somente a idade das mulheres. Uma população geral que não tem alto risco para a doença vai começar a fazer a mamografia a partir dos 40 anos. Mas há exceções, por exemplo, quando a paciente apresenta um risco alto”, afirma Fernanda.

De acordo com a médica, o risco elevado para o câncer não leva em consideração apenas a história familiar e a faixa etária. “Outros dados – como estudos genéticos; se a paciente teve tumores passados, principalmente de mama ou ovário; mulheres que já fizeram radioterapia torácica quando jovem para tratamento de linfoma e pacientes de origem judia asquenaze – podem levar a um risco aumentado para o desenvolvimento da doença. Assim, o rastreio pode variar conforme a idade de início e os exames de imagem utilizados”, detalha a médica.

Diagnóstico precoce aumenta as chances de cura de 9 entre 10 mulheres

O câncer de mama ainda é o mais incidente entre as mulheres em todas as regiões no país. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número estimado de novos casos no Brasil, para o triênio de 2023 a 2025, é de 73.610. E os fatores mais importantes que contribuem para a redução da mortalidade pela doença são os avanços no rastreamento e nos tratamentos disponíveis, como aponta o oncologista Luiz Henrique Araújo, do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) e do São Lucas Copacabana, ambas unidades hospitalares da Dasa no Rio de Janeiro.

“O objetivo do rastreamento precoce é alcançar mulheres que não possuem sinais ou sintomas sugestivos, com o objetivo de identificar alterações indicativas da doença e, assim, encaminhar as pacientes com resultados fora do esperado para uma investigação aprofundada. A detecção em fases iniciais representa uma chance de cura para nove entre dez mulheres”, explica o oncologista.

O diagnóstico depende de várias etapas e é iniciado pelo exame mais preconizado, a mamografia. Os resultados são classificados em categorias (0-6) nomeadas Bi-Rads (Breast Imaging Reporting and Data System); a partir da Bi-Rads 4, há indício de alteração suspeita na mama.

Mesmo com o maior volume de mamografias realizadas nas unidades da Dasa, a identificação de exames com achados suspeitos para malignidade ficou dentro do esperado.

Uma vez identificada alguma imagem suspeita, como nódulos ou calcificações, o próximo passo é realizar uma biópsia, inicialmente guiada por ultrassom. O material é encaminhado para o laboratório de patologia para que o especialista analise as células, realize testes e descreva as características do achado, confirmando ou excluindo o diagnóstico de uma neoplasia da mama.

“Embora o Bi-Rads 4 não seja uma confirmação final do tumor, é importante investigar a condição com outros exames, como a biópsia. Nesse caso, é fundamental que a paciente e o médico responsável sejam alertados com celeridade, para que a jornada de cuidado continue sem interrupções. Por isso, temos um time médico dedicado exclusivamente para acionar o colega que acompanha a paciente assim que nos deparamos com uma alteração relevante no exame”, explica Gustavo Fernandes, oncologista e diretor da Dasa Oncologia.

O contato realizado pelos times da CDPI com os médicos reduz em 43% o tempo da jornada da paciente, já que acelera os processos de confirmação do diagnóstico e do início do tratamento, quando necessário.

Fonte: Mulher