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Antonio Carlos Silva diz que ano letivo foi perdido

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Antonio Carlos Silva diz que ano letivo foi perdido


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Antonio Carlos Silva
Divulgação
Antonio Carlos Silva, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PCO

Candidato do PCO à prefeitura de São Paulo, o professor da rede pública Antonio Carlos Silva foi o entrevistado do iG nesta sexta-feira (9). Ele afirmou que o ano letivo de 2020 foi perdido e defendeu a estatização e a mobilização da população. Além disso, o candidato também defendeu a estatização de serviços essenciais para a população e quer a retomada dos direitos políticos do ex-presidente Lula.


Educação

Ao comentar sobre educação em meio à pandemia, o candidato disse que a política de retomada das aulas é uma “política genocida”, argumentando que outros países que optaram pelo retorno das aulas presenciais estão fechando as escolas.

O candidato disse, ainda que o ano letivo de 2020 “foi perdido”, argumentando que a falta de condições para o ensino à distância contribuiu para isso. “Não houve preparação. Mais da metade da população, uma boa parcela, não tem acesso a computador, para participar de atividades remotas, ou não tem acesso à internet, que deveria ser colocada de maneira gratuita para toda a cidade”, disse.

Além disso, Antonio Carlos Silva também disse que a falta de preparo dos professores para a situação foi um agravante na situação. “Nessas condições, o trabalho foi muito precário. Houve muita pressão sob os professores, que também não estavam devidamente preparados. Seria necessário dar ferramenta aos educadores e aos alunos. Então nós temos que considerar que o ano tá perdido.”

Estatização e mobilização popular

Outro ponto abordado pelo candidato ao longo da entrevista foi a estatização dos serviços públicos. Antonio Carlos Silva disse ser a favor de que todos os serviços essenciais para a população sejam estatizados e garantidos pelo Estado.

“Nós do PCO defendemos a estatização de tudo dos serviços públicos que possam ser prestados pela municipalidade. Entendemos que os serviços essenciais à população não podem ter algo do lucro de grandes capitalistas, como acontece com os transportes e a coleta de lixo”, afirma.

O candidato também afirmou que a única maneira de se resolver os problemas dos serviços é coloca-los sob o controle da população. “É preciso reverter isso daí e a maneira fundamental de fazer isso dai é a estatização sob o controle da população trabalhadora de todos os serviços públicos fundamentais. Isso tem que ser colocado sob o controle da população”, disse Antonio Carlos Silva.

Além disso, ele criticou os discursos de prefeitos que dizem que vão resolver os problemas da cidade. “Não existe a ideia do super-homem, daquele prefeito ‘deixa comigo que eu vou resolver, eu vou cuidar’. Ou a população, por meio da sua luta e mobilização, impõe o controle a conquista das suas necessidades, ou nós vamos ficar mais quatro anos vendo os charlatões fazendo promessa”, argumentou.

Esquerda unida, Bolsonaro e Lula

Além de falar sobre as propostas para São Paulo, Antonio Carlos Silva falou sobre a conjuntura política nacional, defendendo a unificação das esquerdas. “Nós somos ferrenhos defensores da unidade da esquerda. Não no terreno meramente eleitoral. Mas por uma perspectiva mais geral diante da crise”, disse o candidato, que completou, defendendo o fim do governo Bolsonaro e a restituição dos direitos políticos do Lula.

“Nós achamos que a esquerda precisa trabalhar no sentido de ter uma alternativa. É a unidade para colocar para fora o Bolsonaro e todo esse sistema golpista e se unir em torno da única pessoa capaz de promover a unificação da esquerda, que é o ex-presidente Lula, lutando pela restituição de seus direitos políticos e pela sua candidatura presidencial”, concluiu.

Veja a entrevista com o candidato: