O Instituto Butantan anunciou na tarde desta quarta-feira que os resultados de eficácia da CoronaVac, produzida em conjunto com o laboratório Sinovac, da China, já atingem índice para pedir uso emergencial e manteve previsão de imunização a partir de 25 de janeiro.
O governo não divulgou os dados dos testes. Segundo o presidente do Butantan, Dimas Covas, o laboratório chinês solicitou os dados para análise com previsão de resposta em até 15 dias e um contrato impede que o governo divulgue os resultados.
“Atingimos o limiar para que vacinas pudessem ser utilizadas inclusive em uso emergencial. A vacina atende esses requisitos”, disse o diretor do Butantan
A vacina precisa ter mais de 50% de índice de eficácia. O governo admitiu que os dados são diferentes de outros estudos do Sinovac e por isso o laboratório avalia a análise dos dados, mas o governo diz que apesar do atraso há tempo necessário para liberação do registro da vacina.
“Para o dia 25 temos segurança de que conseguiremos ter essa autorização para iniciar a vacinação”, disse o coordenador do centro de contingência da Covid no Estado, João Gabbardo.
“O Sinovac tem vários estudos, dados nossos e de outros locais. Uniformização de dados. Esse é o motivo principal, da mesma forma como não pode ter eficácias diferentes para mesma vacina. É uma questão de a empresa se organizar em relação ao conjunto de dados. Nenhuma outra consideração.”, disse Dimas Covas.
O governo anunciou ainda que as variantes de vírus já identificadas em alguns países não foram suficientes para qualquer prejuízo no programa de imunização.
O estudo da CoronaVac concluiu a terceira fase, com pesquisa em 16 centros e 13 mil voluntários, segundo o governo.
“Manifestações adversas leves, frequência muito baixa, reação mais presente foi dor no local da injeção. E mesmo esta não foi diferente entre grupo vacinal e o placebo”, disse o diretor do Butantan.