Três homens acusados de agiotagem, com ameaças de morte e agressões a devedores, foram condenados à prisão e pagamento de multa em Ourinhos após denúncia de vítimas e detalhes sogre a violência.
Os autos apontam que os réus agrediram, ameaçaram com arma de fogo e restringiram a liberdade de quatro vítimas na cobrança pelas dívidas. Em um dos casos, a vítima teria sido atingida por vários golpes desferidos com um bastão de beisebol.
Em outro, os réus fizeram cobrança de informações sobre dívidas contraídos junto a um de seus funcionários, que havia montado um esquema de desvio do dinheiro. Depoimentos mostram alguns detalhes mas também medo e falta de informação para identificar outros envolvidos.
“No local estavam em torno de 10 pessoas…a vítima passou a ser coagida, ameaçada e também agredida com tacos de baseball por esses indivíduos…no sofá também estavam outros dois indivíduosque também estavam sendo coagidos e agredidos…diversos dos indivíduos estavam portando armas de fogo, e devido ao nervosismo não sabe precisar quais indivíduos portavam e quantas armas eram”, disse uma das vítimas.
Um dos condenados, E.A.P., é apontado como “o mais alterado e agressivo dos indivíduos”. O barracão usado seria do acusado L.F.P.S., apontado como líder do esquema de cobrança e empréstimos. Entre os envolvidos estaria ainda uma mulher que fornecia informações sobre as dívidas durante as ameaças e agressões.
Durante as ameaças, envolvidos entraram com uma caminhonete de ré no local e começaram a pegar cordas e facas. As ameaças mudaram para ‘vamos amarrar eles para darem uma volta’, mas as vítimas não chegaram a ser amarradas.
A 2ª Vara Criminal da cidade sentenciou cada um deles a 10 anos de reclusão em regime fechado. Um dos condenados está detido e os outros tiveram prisão decretada.
As ameaças ocorreriam especialmente no barracão de um dos acusados, na presença de funcionários, pessoas armadas e com situações em que mais de uma vítima sofria as ameaças e agressões ao mesmo tempo.
Os três foram denunciados pela promotora de Justiça Paula Bond Peixoto. A juíza Renata Ferreira dos Santos Carvalho cita em sua decisão o “indiscutível temor, medo ou ao menos receio sentido pelas vítimas”.
Cita ainda a informação de que funcionários dos acusados “ostentam longo histórico de envolvimento criminal e que, por isso, seriam capazes das piores atrocidades caso os valores reclamados não fossem pagos”.