Suicídio foi a causa da morte de um voluntário envolvido no programa de testes da vacina Coronavac, produzida em parceria de um laboratório chinês com o Butantan e São Paulo.
A morte foi usada como argumento para a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) suspender os testes com a vacina. A Anvisa identificou o caso como “evento adverso grave”, mas não deu detalhes sobre o motivo específico que levou à suspensão.
“Do ponto de vista clínico do caso e nós não podemos dar detalhes, infelizmente, é impossível, é impossível que haja relacionamento desse evento com a vacina, impossível, eu acho que essa definição encerra um pouco essa discussão”, disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Notícias Relacionadas
Pouco depois da divulgação da causa da morte do voluntário, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirmou que “obviamente, não havia essa informação entre as que recebemos ontem.”
De acordo com o boletim de ocorrência registrado às 16h02 de 29 de outubro na zona oeste de São Paulo, um homem de 32 anos foi encontrado no chão do banheiro, com seringa e diversas ampolas de remédio.
Barra Torres, disse que a decisão de suspender os testes da Coronavac foi “técnica” e baseada no fato de as informações repassadas pelo Instituto Butantan serem “insuficientes” e “incompletas”.
