
O Estado de São Paulo regulamentou fornecimento de remédios à base de cannabis medicinal pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e abriu para pacientes de três patologias tratamento já em uso para estas e muitas outras.
O sistema deverá atender casos de com síndromes de Dravet, Lennox-Gastaut e para Esclerose Tuberosa.
A seleção foi realizada pela Comissão de Trabalho que analisa as evidências clínicas do uso dessas substâncias para o tratamento dos pacientes.
Desde que foi implementado, em fevereiro, o comitê tem promovido e participado de encontros e eventos para construir um sólido protocolo clínico para a indicação e dispensação de medicamentos à base de cannabis medicinal.
“Fizemos extensa análise das informações existentes na literatura e encontramos evidências suficientes para que se possa recomendar para alguns pacientes portadores dessas três condições clínicas produtos derivados de cannabis, especificamente o canabidiol”, afirma José Luiz Gomes do Amaral, assessor técnico da secretaria estadual de Saúde e médico coordenador da Comissão técnica de regulamentação da lei 17.618.
O comitê divulgou ainda que segue avaliando a possibilidade da inclusão de novas patologias no rol de doenças que podem ser tratadas com esse tipo de medicação, mas sem definição de prazos.
Paralelamente, estão em curso as sessões públicas para a avaliação dos fornecedores desse tipo de insumo. A expectativa é que esse processo licitatório seja encerrado nas próximas semanas.
Além do atendimento aos pacientes, a medida pode minimizar impactos financeiros da judicialização das autorizações para uso dos medicamentos.
A Síndrome de Dravet é um tipo de epilepsia grave que afeta crianças logo nos primeiros meses de vida. Os pacientes apresentam convulsões, atraso no desenvolvimento e outras consequências.
A síndrome de Lennox Gastaut também gera epilepsias nos infantes, mas a causa é a má formação cerebral na gestação.
Por fim, a esclerose Tuberosa é uma doença genética que causa deficiência mental, epilepsia e erupção facial.