Nacional

Fabrício deve voltar a Pompéia para depoimento sobre morte de mulher e enteada

Fabrício deve voltar a Pompéia para depoimento sobre morte de mulher e enteada

A Polícia Civil de Pompéia protocolou na Justiça uma requisição de apresentação do psicólogo Fabrício Buim Arena Belinato, 36, para novo depoimento sobre as mortes de Cristiane Pedroso dos Santos Arena, 34, e Karoline Pedroso dos Santos, 9, mortas e enterradas na casa em que viviam com o acusado.

O pedido foi protocolado direcionado à Unidade Regional do Departamento Estadual de Execução Criminal de São José dos Campos, onde ele está preso à espera da tramitação do caso.

Fabrício é investigado por duplo homicídio, ocultação de cadáver e pode ser enquadrado ainda por estupro de vulnerável ou corrupção de menor no relacionamento com M.K., 16, filha mais velha de Cristiane.

O novo depoimento deve ser também a primeira manifestação de Fabrício acompanhado por um advogado de defesa. O nome do advogado não foi revelado.

A oitiva deve esclarecer ainda conflitos entre os depoimentos já prestados e as informações do laudo médico sobre as causas das mortes.

Fabrício, que já foi ouvido três vezes pela polícia desde que Cristiane foi considerada desaparecida em 2020, disse na última versão que matou a esposa com um golpe de faca em meio a a uma briga e dias depois asfixiou a criança que perguntava sobre a mãe.

Os laudos mostram que Cristiane levou dois golpes, com possibilidade de agressão pelas costas, e que Karoline foi morta com uma forte agressão na cabeça que provocou traumatismo craniano.

O CRIME

Cristiane foi considerada desaparecida por amigos e familiares após perda de contato no final de 2020. Fabricio foi ouvido pela Polícia e disse que a mulher fugiu com um namorado e levou a filha menos. M.K., filha mais velha de Cristiane, confirmou a versão.

Em 2 de fevereiro os corpos de mãe e filha foram encontrados enterrados na casa em que viviam em Pompéia. Fabrício desapareceu, M.K., foi apreendida e indicou o local em que a irmã estava enterrada.

No dia 8 de fevereiro Fabrício foi preso em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, trabalhando em uma empresa de obras pública. No dia 9 prestou primeiro depoimento e confessou o crime mas culpou M.K. pela morte da menina.

No dia 10, já em Marília, prestou novo depoimento com mudanças na primeira versão. Confessou a morte da menina e disse que tinha um relacionamento amoroso consentido com a adolescente, iniciado quando ela tinha 15 anos.