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Homem preso por pedofilia se comunicava na deep web em cinco idiomas

Homem preso por pedofilia se comunicava na deep web em cinco idiomas


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Um homem de 50 anos, que foi preso nesta quarta-feira (25), no âmbito da operação da Polícia Federal (PF) chamada ‘Operação Black Dolphin’, que investiga tráfico sexual e exploração de menores, se comunicava pela deep weeb em cinco idiomas e tinha sob seu domínio materiais pornográficos envolvendo crianças.

O material que foi apreendido na casa do morador na zona norte do Rio, preso em flagrante, mostrou que ele se comunicava, além do português, em inglês, espanhol, russo e alemão.

Segundo a delegada da Polícia Federal, Paula Mary, as mensagens mostram as conexões internacionais do envolvido e apontam para a necessidade de investigações envolvendo polícias de diferentes países para desvendar até onde ia a influência do homem.

Em entrevista ao jornal O Dia, ela comentou que, “num primeiro momento, essas mensagens parecem indicar comentários entre os criminosos diante dos materiais compartilhados, um criminoso, digamos, elogiando a atuação do outro”.

E complementou: “Agora, a partir do farto material apreendido, vamos buscar identificar as organizações em que esse homem está envolvido e a localização das pessoas com quem se comunica. Podemos pedir apoio à Interpol e à Europol, pois a maioria dos servidores onde esse tipo de conteúdo está armazenado fica em países do Leste Europeu”. 

Os policias chegaram até a casa do acusado após rastrearem uma organização criminosa em 20 grupos voltados para a exploração sexual de crianças e analisar 10 mil contas de e-mails.

Como funciona o esquema internacional

O homem tido como o líder da organização foi preso em São José do Rio Preto (SP). As investigações apontam para uma organização criminosa em formato de pirâmide, com atuação não apenas no compartilhamento e compra e venda de material pornográfico infantil, mas também sequestro e tráfico de crianças para a exploração sexual.

Operação da PF

Uma quadrilha é suspeita de sequestrar e vender crianças para serem exploradas sexualmente, inclusive por estrangeiros. Na ação contra o abuso e exploração infantil, foram cumpridos mais de 200 mandados de busca e apreensão no Rio, São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul. Até o início da noite dessa quarta-feira, 53 pessoas tinham sido presas em flagrante.