A Justiça de Ourinhos decretou a libertação do cabo João Paulo Herrera de Campos e manteve a prisão preventiva do subtenente Alexandre David Zanete, ambos do 31º batalhão de Polícia Militar, envolvidos no processo que apura a morte de um foragido.
A decisão mostra que a investigação descarta a responsabilidade do cabo Herrera pelos disparos que provocaram a morte de Murilo Junqueira em setembro deste ano.
Os policiais registraram o caso como legítima defesa, mas um vídeo mostra a aproximação do acusado com as mãos na cabeça e os disparos.
A decisão com ordem de prisão foi publicada em edição do Diário Oficial da Justiça desta segunda-feira. Embora isente o cabo do homicídio, mantém investigação por fraude processual pela tentativa de encobrir a execução.
“Considerando a manifestação do representante do Ministério Público a qual não aponta o investigado como suposto autor do crime de homicídio, sem prejuízo da sua responsabilidade por eventual fraude processual, não se mostra mais necessária e razoável a manutenção da sua prisão temporária”, diz a publicação.
A publicação indica ainda que o caso será encaminhado para a apresentação que pode levar o subtenente ao Tribunal do Júri Popular. Conhecido em Ourinhos, prestes a se aposentar, Zanete está detido no presídio Romão Gomes, destinado a policiais militares em São Paulo.
A nova medida foi encaminhada ainda para a Justiça Militar, que mantém apuração interna e pode levar à expulsão dos policiais da corporação.