O médico anestesista Cleudson Garcia Montali, de Birigui, foi condenado a 104 anos de prisão por desvio de recursos através de uma Organização Social de Saúde em escândalo revelado pela Operação Raio-X, de setembro do ano passado.
A sentença do juiz Marcelo Yukio Misaka, da 1ª Vara Criminal de Penapólis, também condena o médico ao pagamento de R$ 947,9 mil como indenização.
A indenização é cobrada sobre contrato com a Santa Casa de Misericórdia de Birigui para gestão do pronto-socorro municipal de Penápolis.
Cleudson Montali foi acusado de ser o líder da organização que apontou esquema de organização criminosa, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude à licitação em contratos em diversas cidades.
Foram identificados dezenas de acusados que atuariam em diversos núcleos, cada um com sua colaboração na prática das infrações penais.
“De acordo com o apurado, houve a aquisição de grande quantidade de bens móveis e imóveis, sendo que parte da evolução patrimonial do grupo se deu justamente no período da pandemia.”
A operação mobilizou pelo menos duas grandes etapas de buscas e apreensão com participação da Polícia Civil e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público.