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MP se manifesta hoje sobre ação que pode deixar Bolsonaro inelegível

MP se manifesta hoje sobre ação que pode deixar Bolsonaro inelegível MP se manifesta hoje sobre ação que pode deixar Bolsonaro inelegível MP se manifesta hoje sobre ação que pode deixar Bolsonaro inelegível MP se manifesta hoje sobre ação que pode deixar Bolsonaro inelegível
Marcelo Camargo/Agência Brasil – 03/08/2022 Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Marcelo Camargo/Agência Brasil – 03/08/2022 Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)


Nesta quarta-feira (12), termina o prazo para o Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentar manifestação final na ação que pode levar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a ficar inelegível . O caso é referente à ação do PDT que alega que o ex-mandatário cometeu abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação.

Bolsonaro promoveu uma reunião, em julho de 2022, com embaixadores no Palácio da Alvorada e, na ocasião, colocou em xeque a lisura do processo eleitoral, sem apresentar provas.

Depois disso, o PDT entrou com uma medida na Corte para análise, em agosto do ano passado, acusando o ex-presidente. O caso é relatado pelo corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves.

Nessa segunda-feira (10), a defesa de Jair Bolsonaro apresentou as alegações finais ao TSE , sob sigilo. Nesse mesmo dia, o corregedor-geral atendeu a um pedido dos advogados do ex-mandatário e decretou o segredo provisório nos documentos relacionados à ação .

A lei eleitoral afirma que o crime de abuso de poder político — do que Bolsonaro é acusado pela sigla — ocorre quando o detentor do poder usa sua autoridade e a de bens públicos para influenciar o eleitor de alguma forma. Conforme a legislação, a pena prevista é de oito anos de inelegibilidade , ou seja, dentro deste período o político não pode disputar novas eleições.

O PDT também pediu ao TSE que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres fosse ouvido sobre a minuta golpista encontrada na casa dele , que continha um decreto para instalar um “estado de Defesa” no Brasil à época das eleições.

Além do próprio Torres , também foram ouvidos os ex-ministros Carlos França e Ciro Nogueira, e deputados escolhidos pela defesa de Bolsonaro.

Depois que o MPE apresentar o parecer do caso, Gonçalves deve liberar a ação para julgamento dos demais membros da Corte. Quando esse processo for finalizado, caberá ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes, pautar o caso para que o plenário analise.

Reunião de Bolsonaro com embaixadores

Em 18 de julho do ano passado, o então presidente Jair Bolsonaro se reuniu com embaixadores estrangeiros em Brasília para tentar apresentar aos representantes a tese dele — nunca comprovada e já refutada pelo Tribunal Superior Eleitoral — de que houve fraudes nas eleições brasileiras.

O discurso de Bolsonaro, porém, não convenceu boa parte dos embaixadores que participaram da reunião no Palácio da Alvorada.

Segundo diplomatas estrangeiros ouvidos pelo jornal O Globo à época, Bolsonaro não apresentou qualquer prova que justificasse esse posicionamento contrário às urnas eletrônicas.

Na ocasião, o ex-mandatário ainda causou constrangimento com ataques nominais e diretos contra os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre Moraes, conforme relatos.

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Fonte: Política Nacional