
Dois estudantes de história da Unesp em, Assis decidiram levar além das tradicionais reclamações uma análise sobre primeiras grandes ondas de calor registradas no oeste paulista em 2023 e o resultado do que viram e do que passaram a discutir acaba de virar um coletivo ambiental com projeto para unir entidades, divulgar informações e ajudar a cuidar do clima.
Daniel Senger e Bruno Gomes criaram o projeto e uma conta no instagram – aqui – para divulgar informações, incentivar debates, eventos e cuidados ambientais para evitar efeitos mais graves nas mudanças clímáticas.
“O Coletivo Flor Antártica se formou a partir da iniciativa de pessoas que se preocupam com o bem estar social e climático. É, portanto, a partir da reação que atuamos”, explica Daniel.
Vai muito além das queixas contra o calor. Discute por exemplo como a falta de cuidado com ambiente, destinação de lixo e perda de flora er fauna impactam em situações como a epidemia de dengue.
O coletivo passou a contar com contribuições de pessoas que acompanham as publicações e mostraram interesse pelo tema, que envolve muitas ideias sobre novos modelos de uso urbano parta proteção ambiental.
“Nossas publicações têm o intuito tanto de divulgar o Coletivo, quanto de informar as pessoas sobre os diversos acontecimentos climáticos de extrema importância, levando em consideração o ano passado (2023), ocorreram inúmeras calamidades públicas por conta de eventos climáticos extremos”, diz.
A página lembra a seca no rio Amazonas, inundações em cidades de sul, altas temperaturas no Centro-Oeste e Sudeste e potencial de formação de áreas desérticas no Nordeste.
“Falando sobre esses problemas e trazendo para o nosso alcance, buscamos promover ações, mesmo que em menor escala”, explica Daniel. O coletivo lembra que são as pessoas mais pobres que sofrem mais com os eventos climáticos. “E não são elas as causadoras do problema.”
O coletivo também nasce aberto para integração com outras instituições de cuidado ambiental na região e acha que a circulação de informações pode influenciar novos comportamentos.
“A divulgação precede a ação. O Coletivo já realizou e continuará a realizar diversas ações a favor do meio ambiente. Para agir, precisamos ocupar os espaços midiáticos onde grande parte da população se informa diariamente.”
Ao final, espera construir uma rede de conhecimento e atividade ecológica e sustentável. E se público participar, grandes propostas podem aparecer até antes do próximo verão e suas ondas de calor.