
O quadro do paciente com suspeita de ter contraído o vírus ebola é estável. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que o homem, de 47 anos, que veio da Guiné e está ino Instituto Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, não teve febre, diarreia ou vômito.
O resultado do exame, confirmando ou descartando a contaminação, deve sair no fim da manhã deste sábado (11). O paciente voltou a afirmar hoje que não teve contato com pessoas infectadas com o vírus. O ministro reafirmou que, mesmo entre as pessoas que mantiveram contato com o paciente, o risco de transmissão é muito baixo.
Além dos dois agentes que seguiram ontem (9) para Cascavel, no Paraná, o ministério inclui mais três no grupo de coordenação. Monitora 64 pessoas que estiveram com o paciente. Apenas os três profissionais de saúde tiveram contato mais direto com ele.
Segundo Chioro, 64% das 889 chamadas de hoje pelo Disque 136 queriam tirar dúvidas sobre o ebola. O ministro reiterou que a Saúde tomou medidas de segurança em portos e aeroportos e que não haverá alteração na estratégia.
Chioro anunciou, ainda, que o governo brasileiro enviará para os países afetados pelo vírus alimentos, dez kits com medicamentos, além de insumos para atendimento trimestral de 500 pessoas.
O caso de ebola
O Ministério da Saúde confirmou ontem a suspeita de um caso de ebola no Brasil. O homem é da Guiné, país onde 1.350 pessoas contaminadas e 778 já morreram com a febre hemorrágica.
Inicialmente, o paciente recebeu atendimento em Cascavel. Após a suspeita, ele foi para o Instituto Evandro Chagas, no Rio de Janeiro.
Do começo do ano até quarta-feira (8), foram 4.076 casos da doença e 2.316 mortes na Libéria. Em Serra Leoa, 2.950 pessoas contaminadas e 930 morreram.
Esta semana, o caso da enfermeira espanhola que cuidou de um paciente com a doença foi o primeiro contágio fora da África Ocidental.