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PM captura fugitivos de presídio; sindicato acusa falta de agentes e riscos com facções

PM captura fugitivos de presídio; sindicato acusa falta de agentes e riscos com facções PM captura fugitivos de presídio; sindicato acusa falta de agentes e riscos com facções PM captura fugitivos de presídio; sindicato acusa falta de agentes e riscos com facções PM captura fugitivos de presídio; sindicato acusa falta de agentes e riscos com facções
PM captura fugitivos de presídio; sindicato acusa falta de agentes e riscos com facções

Policiais militares recapturaram no domingo (20) três dos sete detentos que fugiram da penitenciária de Álvaro de Carvalho (45km de Marília) no último sábado (19).  Segundo informações da Polícia Militar (PM), os detentos foram encontrados em uma  residência na cidade, onde vive a esposa de um dos foragidos. Um dos detentos que estava no imóvel conseguir fugir antes da chegada dos policiais. 

Os três recapturados foram levados para a penitenciária de Balbinos, onde cumprirão o restante da pena em regime fechado. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) abriu procedimento administrativo para apurar a fuga.

A fuga de sete detentos que cumpriam pena na ala de progressão do presídio de Álvaro de Carvalho (45km de Marília) provocou uma denúncia do Sindasp (Sindicato dos Agentes Penitenciários) sobre a falta de agentes no sistema e condições de risco na unidade com aproximação de facções rivais.

O agente Luciano Carneiro, diretor regional do Sindicato em Marília, disse ao Giro que há uma grande preocupação da categoria para eventuais situações de violência que coloquem funcionários em risco.

“Recebemos a denúncia de que existem presos de facções rivais em um espaço que não tem estrutura para divisão de celas, distanciamento entre estes presos. Iremos questionar a Secretaria de Administração Penitenciária sobre essa situação”, afirmou.

O risco de confrontos e de insegurança para os detentos é apontado nas denúncias como uma das explicações para a fuga dos sete detentos.

Um deles teria apenas três meses de pena a cumprir. Todos chegaram à unidade entre julho e agosto – veja mais sobre a fuga

“A unidade não tem celas de separação, espaço que se tornou comum chamar de seguro. É um barracão, até com problemas de ventilação. Recebemos ontem essa denúncia e vamos apurar essa condição”, disse o dirigente do sindicato.

Carneiro disse ainda que o sistema vive um quadro de superlotação com falta de agentes, especialmente por afastamentos provocados pela epidemia de coronavírus.

Criticou também a demora do governo em entregar novas unidades que podem aliviar a lotação, abrir novas vagas e contratações de profissionais.

A FUGA

Um boletim de ocorrência sobre a fuga indica que o caso foi descoberto no início da noite, quando é feita a contagem dos detentos para fechamento da unidade.

Os agentes fizeram uma busca pela área do presídio e encontraram um ponto de alambrado cortado, que provavelmente foi usado como via para a evasão. Ainda não há informações sobre a captura de presos.