
A Justiça de Pompéia condenou a adolescente M.K.S.G, 16 anos, a cumprir três anos de internação e passar por exames psiquiátricos semestrais por atos infracionais equiparados ao homicídio e ocultação de cadáveres na morte da mãe, Cristiane Pedroso dos Santos, 34 anos, e Karoline, 9 anos.
A jovem deverá, ainda, ser submetida a tratamento e acompanhamento psicológico. A pena atinge o limite máximo permitido no Estatuto da Criança e do Adolescente. Com base nos laudos psiquiátricos, o Ministério Público pode tentar novas medidas de interdição civil após o período.
A defesa de M.K. pediu ainda a restituição do celular da jovem, que foi negada pela Justiça para que o aparelho siga em uso na investigação sobre as mortes e eventual julgamento de Fabrício.
A decisão, do dia 11 de março, foi revelada nesta sexta com a informação de que o padrasto da jovem, o psicólogo Fabrício Buim Arena Belinato, foi indicado por duplo feminicídio e ocultação dos corpos no caso.
A adolescente já estava internada na Fundação Casa de Araçatuba desde fevereiro deste ano quando o crime foi descoberto. Por quase três meses viveu com o padrasto na casa onde a mãe e irmã foram mortas e enterradas.
Ela ajudou a polícia a encontrar o corpo da irmã, enterrado ao lado de uma árvore após traumatismo craniano, apontado como causa da morte em laudo do IML.
M.K. mantinha relacionamento amoroso com o padrasto. Usava o sobrenome de Fabrício em redes sociais. O psicólogo disse que o relacionamento foi iniciado quando ela fez 15 anos.