
Reeducandas da Penitenciária Feminina participam de um projeto que visa a capacitação profissional e o resgate da autoestima em workshop de tranças direcionado a egressas do sistema penal e internas que estão prestes a ganhar a liberdade para o mercado de trabalho.
A ideia é que elas sejam qualificadas para trabalhar no ramo da estética, em salões de beleza ou no seu próprio negócio como empreendedoras. A atividade também busca resgatar a autoestima e a dignidade das sentenciadas.
Para a diretora-geral da penitenciária, Graziella Fernanda Rodrigues Costa, a iniciativa possibilita, no futuro, novas perspectivas profissionais para as reeducandas e egressas do presídio.
“O projeto apresenta um potencial de geração de renda para mulheres que se encontram desempregadas ou que precisam de uma renda extra para seu sustento e de sua família, acentuando as possibilidades de êxito para egressas do sistema prisional em seu processo de reintegração à sociedade”, explica a dirigente.
AUTOESTIMA
Coordenadora do Instituto Elas, de Bauru, que oferece as oficinas, Nauá Chiaratti Lopes explica que a oficina de tranças é uma ação de empregabilidade e de resgate da autoestima.
“Fiz uma dinâmica com elas no workshop: pedi para se olharem em um espelho e dizerem pontos positivos e negativos. Muitas delas não conseguiram expressar nenhuma qualidade. Aí eu insisti, até sair uma característica boa. Com isso, trabalhamos autoconfiança”, conta a profissional. “O objetivo dos encontros é, além de ensinar as tranças, fazê-las [as reeducandas] refletir sobre o que pode ser feito para melhoria de vida”, pontua.
SEM TRANCA
Sem Tranca (trocadilho que foca na redução do encarceramento feminino no Brasil) é apenas uma das atividades realizadas pelo Instituto. Além desta ação, há outros serviços, como atendimentos jurídicos, psicológicos e sociais, visando a não reincidência das assistidas ao mundo do crime.