O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) encerrou nesta sexta-feira julgamento e por cinco votos a dois condenou o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade.
Bolsonaro foi condenado pela prática de abuso de poder político durante reunião com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.
A legalidade do encontro foi questionada pelo PDT. No julgamento encerrado hoje foi absolvido o ex-ministro Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro.
Votaram pela condenação: Benedito Gonçalves (relator), Floriano Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre Moraes. Votaram pela absolvição: Raul Araújo e Nunes Marques
Moraes, presidente da corte, apresentou seu voto e já fez a declaração de resultado do julgamento que ainda permite recurso ao STF.
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Em seu voto, apontou mentiras propagadas por Bolsonaro sobre o processo eleitoral em reunião com representantes internacionais e transmitidas pela TV Brasil.
“Toda s produção foi feita para que a TV Brasil divulgasse e a máquina existente de desinformação multiplicasse a desinformação para chegar ao eleitorado.”
Antes dele, o ministro Nunes Marques, indicado pro Bolsonaro ao STF, pelo qual chegou ao TSE, inicia seu voto, defendeu o sistema de votação no país mas disse que atuação de Bolsonaro na reunião não se voltou para obter vantagens políticas com o discurso ou desacreditar o sistema
O julgamento nesta sexta-feira começou com o voto da ministra Cármen Lúcia, para quem Bolsonaro de cometer ataques graves a ministros do STF e do TSE com informações já refutadas. Com seu voto o TSE já havia atingido maioria pela condenação.
Em viagem a Belo Horizonte, Bolsonaro disse pouco após o voto da ministra que “não está morto” politicamente e que pensa em recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
