Quase um ano depois de a polícia descobrir o corpo de uma mulher e sua filha enterrados no quintal de uma casa EM Pompéia (30km de Marília), o psicólogo Fabrício Buim Arena Belinato, réu confesso nas duas mortes, está indefeso na Justiça.
Um despacho judicial divulgado no Diário oficial – o caso tramita sob sigilo – mostra que o defensor do psicólogo foi destituído “diante da inércia” em relação ao processo.
Um novo defensor deve ser indicado para acompanhar Fabrício nas próximas fases do caso. Ele foi pronunciado ao Júri Popular em decisão de setembro do ano passado e contra a qual caberiam recursos.
Fabrício é acusado de matar a esposa, Cristiane Pedroso dos Santos, 34 anos, e sua filha Karoline, 9 anos. A mulher foi enterrada em uma área ao lado da casa e a menina nos fundos do imóvel em que a família vivia em Pompéia.
O psicólogo está denunciado por duplo homicídio qualificado, ocultação dos cadáveres e corrupção de menor. Ele mantinha um relacionamento com a adolescente M.S.G., filha da vítima, que participou e protegeu a ocultação dos corpos.
O CASO
Os corpos de Cristiane e Karoline foram descobertos em 2 de fevereiro. A polícia já havia recebido vários dias antes denúncias do desaparecimento das duas.
Quando as primeiras queixas foram apresentadas por amigos e familiares, Fabrício e a adolescente M.K. disseram aos policiai que a mulher fugiu com um novo namorado.
Houve a indicação de obras realizadas pelo próprio psicólogo na residência. Os policiais foram ao local, encontraram o corpo de Cristiane e com a ajuda da adolescente o corpo da irmã. Fabrício já havia fugido.
A adolescente foi apreendida e acabou condenada a pena de internação na Fundação Casa. Fabrício foi preso poucos dias depois no Mato Grosso e confessou o crime. Foi encaminhado ao sistema prisional em Taubaté.