
O Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo) confirmnou na manhã desta quarta-feira que a região de Marília registrou um tremor de terra com magnitude 3,0 na escla Ritcher – considerado pequeno, sem previsão de danos -, mas que pode ser registrado em até 500km de distância. O tremor foi relatado em mensagens de moradores de Guaimbê mas teria a base em Júlio Mesquita.
Segundo o pesquisador e professor da USP Marcelo Bianchi, o tremor foi registrado em diversas estações de controle no país e acompanha situações de movimentação que já foram regisrtradas antes.
“Essa região no passado já registrou eventos semelhantes. Em 2014 e 2015 tivemos dois tremores registrados em Guaimbê”, explica o pesquisador. O Centro de SIsmologia divulgou nota oficial do registro e disponibiliza ainda um canal para que moradores relatem suas experiências..
Os relatos foram registrados por volta de meia-noite. Sensações de tremor em móveis e vidros são as informações mais comuns.
“Eu estava no sofá deitada e todo meu corpo começou tremer e ouvi os vidros”, conta a moradora Isabella Sales. “Aqui também tremeu, dei um pulo da cama. Misericórdia”, postou Cibele Cristina de Lima.
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Outra moradora relatou tremores até no telhado e disse que parecia um vendaval. “Foi meio rápido, veio da sala para a cozinha, para os fundos. Foi muito estranho… e rápido”, disse Cidinha Esteves. “Eu só ouvi o barulho, não senti o tremor”, contou Maria Donizete Camara de Assis.
No dia 9 de março o Centro de Sismologia da USP recebeu diversos relatos de tremores e divulgou comunicado sobre o caso. Nada foi registrado nas estações da Rede Sismográfica Brasileira. O mesmo fenômeno ocorreu em 26/02: um tremor foi sentido praticamente nas mesmas cidades e nada foi detectado na rede sismográfica.
Nos dois casos, os efeitos relatados e a área de percepção indicam que muito provavelmente trata-se de choque provocado pela quebra da barreira do som por aviões a jato.Não foi o caso desta terça-feira.