
Marília e São Paulo - O MP (Ministério Público do Estado de São Paulo) deflagrou a Operação Duas Caras para desbaratar esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com fraudes na Saúde. Atinge diversas cidades em quatro estados, inclusive na região do Oeste Paulista em Bauru e Catanduva.
Envolvendo a gestão de organização social na área da saúde. Segundo a apuração, houve desvios milionários de recursos públicos na movimento de R$ 1,6 bilhão.
A Justiça expediu mais de uma centena de mandados, entre eles 12 de prisão temporária e outros para afastamento da entidade, busca e apreensão.
Provocou, inclusiv, a indisponibilidade de bens para cumprimento nos municípios paulistas de Catanduva, Arujá, Carapicuíba, Piracicaba, Viradouro e Bauru.
Além disso,. chega ao Rio de Janeiro (RJ), Maricá (RJ), Alfredo Chaves (ES), Palhoça (SC), Itapoá (SC), Mafra (SC) e São José (SC).
A Duas Caras tem abrangência interestadual, pois a organização criminosa atuava sobretudo nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A organização criminosa criou uma espécie de departamento extraoficial para múltiplas finalidades, entre elas realizar contabilidade paralela e viabilizar pagamentos indevidos.
O objetivo seria conseguir contratos de gestão e seus respectivos financiamentos públicos. A obtenção de recursos permitia o aumento do lucro.
A gestão fraudulenta da organização social provocou reflexos nos serviços públicos de saúde, inclusive com relatos de mortes em unidades.
Diante do quadro, a Justiça determinou a intervenção na entidade com o objetivo de sanear a sua administração e garantir a prestação dos serviços de saúde.
A determinação judicial ainda proibiu a rescisão dos contratos de gestão pelo prazo de 30 dias.