Colunista | OUTRAS IDEIAS

A crise provocada pelas medidas de restrição na contenção do coronavírus traz para o comércio de Marília dois ingredientes a mais em dificuldades: o jogo político maldoso do governador João Doria a falta de representantes da cidade com força e postura junto ao governo.

Um comércio forte, diversificado, modernizado e de muita importância econômica e social pé vilipendiado e maltratado por este jogo político. E chamo a atenção da comunidade para alguns fatos.

- Marília sempre apontou, mesmo nos discutíveis critérios do governo do Estado, índices muito positivos de controle da epidemia;

- A saúde já região sempre dependeu muito de Marília porque o governo não investe na cidade e em cidades vizinhas, vive de migalhas que são comemoradas com grandiosidade;

- O governador João Doria transformou a epidemia em um grande show de mídia e interesses eleitorais que toda semana dá palanque ao prefeito de São Paulo, Bruno Covas, em total desequilíbrio na campanha eleitoral;

- Nesse jogo eleitoral o governador João Doria já promoveu pelo menos duas mudanças em seu plano de quarentena com claros benefícios para a capital;

- Primeira região a atingir os índices “verdes” de abertura, Marília segue com excessos de restrições em um procedimento cruel e vingativo contra as muitas reações locais contra o governador;

- Marília não tem voz na Assembleia Legislativa. Na disputa de dois grupos políticos em que as maiores lideranças da cidade não conseguem sentar na mesma mesa ficamos sem representante de nossos interesses junto ao governo do Estado;

- A conta já é alta em perda de empresas, de empregos, de arrecadação, de recursos a serem reinvestidos na economia.

É uma situação que penaliza todos os comerciantes, mas que cobra um preço alto especialmente dos pequenos e médios, trabalhadores aguerridos, que enfrentam as diferentes crises e desafios de empreender no país com sua dedicação e suas famílias.

Estes comerciantes não aparecem no discurso oficial, não estão na mídia, não estão lembrados pelo jogo político, que só se lembra dele às vésperas das eleições. O tratamento que recebem hoje é imoral e é desumano.

A recuperação de nosso comércio, o ‘novo normal’ de que tanto se fala, vão envolver medidas de saúde, de administração mas precisam especialmente de medidas políticas.

Precisamos ser respeitados, ouvidos e representados.

Pedro Pavão – presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Marília e região


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