Você já tentou multiplicar suas mudas de zamioculcas e acabou frustrado com folhas murchas ou raízes que não vingaram? A técnica da divisão de touceiras é uma das mais eficazes para quem quer propagar essa planta resistente e elegante — mas ela também exige atenção a detalhes que podem passar despercebidos. Com os macetes certos, suas novas mudas não só vão sobreviver, como vão crescer fortes e vistosas desde os primeiros dias.
Divisão de touceiras de zamioculca: a forma mais eficiente de propagar
A palavra-chave aqui é “cuidado”. Diferente da multiplicação por folhas, que é lenta e imprevisível, dividir a touceira de uma zamioculca saudável é a forma mais rápida e confiável de criar novas plantas. Essa técnica consiste em separar manualmente os rizomas — estruturas parecidas com batatinhas — que armazenam energia e nutrientes. Quando bem executada, cada divisão pode se tornar uma nova planta robusta.
Escolha a época ideal para dividir as mudas de zamioculca
Um erro comum é fazer a divisão durante o inverno ou em épocas muito secas. Para que os rizomas tenham tempo de se recuperar e desenvolver novas raízes, o ideal é realizar o procedimento no começo da primavera ou no final do verão. Nessas estações, a planta está em fase ativa de crescimento e responde melhor à multiplicação.
Macete 1: retire a planta com o solo levemente úmido
Muitas pessoas arrancam a planta do vaso com o substrato seco, o que pode danificar os rizomas e quebrar raízes importantes. O primeiro truque é regar levemente a zamioculca um ou dois dias antes do procedimento. Isso ajuda a soltar a terra com mais facilidade e permite visualizar melhor os pontos de separação entre os rizomas.
Macete 2: separe as touceiras com delicadeza — nada de facão!
Ao dividir a planta, evite puxar ou cortar de forma bruta. A zamioculca possui rizomas que muitas vezes estão entrelaçados. Use as mãos para “abrir” essas estruturas com cuidado, evitando o uso de ferramentas agressivas. Se for necessário cortar, use uma faca bem afiada e esterilizada, sempre deixando uma boa porção de raízes em cada pedaço.
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Macete 3: escolha rizomas com folhas e raízes bem desenvolvidas
Na hora de selecionar o que será replantado, foque em rizomas que já tenham folhas formadas e raízes visíveis. Rizomas pequenos ou sem brotos podem até sobreviver, mas o desenvolvimento será mais lento e arriscado. Quanto mais madura for a divisão, maior a chance de sucesso.
Macete 4: prepare um substrato bem drenante e leve
Muitas falhas no enraizamento ocorrem por causa do solo errado. As mudas de zamioculcas gostam de substrato com boa aeração e drenagem. Misture terra vegetal com perlita, carvão vegetal moído ou areia grossa para garantir que a água escoe bem. Evite terra argilosa ou compactada, que pode apodrecer as raízes.
Macete 5: não regue imediatamente após o replantio
Pode parecer contraintuitivo, mas um erro fatal é regar as mudas logo após a divisão. Os cortes nos rizomas precisam de tempo para cicatrizar. Espere de 2 a 3 dias antes de regar a primeira vez. Após isso, mantenha a umidade moderada e nunca encharque o vaso.
Macete 6: posicione as mudas de zamioculca em meia-sombra
Depois de plantadas, as mudas precisam de luz indireta para se recuperarem. Evite sol direto nos primeiros 15 dias, pois isso pode desidratar a planta e retardar o crescimento. O ideal é deixá-las em um local protegido, bem iluminado, mas sem exposição direta aos raios solares.
Dica bônus: marque a data e acompanhe o progresso de cada muda
Se você quer mesmo garantir o sucesso da multiplicação, registre em um caderno ou app de jardinagem a data da divisão e o número de mudas feitas. Isso ajuda a entender o ritmo de crescimento da planta e perceber quais vasos estão evoluindo melhor. Algumas pessoas até fotografam as mudas a cada semana, como um diário visual do progresso.
As mudas de zamioculca feitas por divisão de touceiras podem levar algumas semanas até darem sinais de desenvolvimento visível. Não se desespere se os primeiros dias forem de “aparente dormência”. Com os macetes certos, essa pausa faz parte do processo de adaptação. A recompensa virá com brotos novos, folhas reluzentes e a alegria de ver que suas mãos conseguiram multiplicar vida.
