Economia

Após pedido do MP, TCU vai investigar PEC Eleitoral

Após pedido do MP, TCU vai investigar PEC Eleitoral Após pedido do MP, TCU vai investigar PEC Eleitoral Após pedido do MP, TCU vai investigar PEC Eleitoral Após pedido do MP, TCU vai investigar PEC Eleitoral
Após pedido do MP, TCU vai investigar PEC Eleitoral


source

Após  recomendação do Ministério Público , o Tribunal de Contas da União (TCU) vai abrir um processo para investigar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Eleitoral , que libera R$ 41,2 bilhões em gastos fora das regras fiscais instituindo um estado de emergência a três meses das eleições. O texto foi aprovada pelo Senado Federal e tramita na Câmara dos Deputados.

Segundo o procurador do MP, Lucas Furtado, que fez o pedido, a PEC é uma manobra para driblar “as amarras da lei eleitoral” e turbinar programas sociais às vésperas da eleição. 

Entre no  canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do diao. Siga também o perfil geral do Portal iG https://t.me/portalig

A legislação impede a criação ou ampliação de benefícios sociais em ano eleitoral, a não ser em caso de estado de emergência, que é o que propõe a PEC. Como justificativa para a exceção, o texto cita o preço dos combustíveis. 

“A decretação do ‘estado de emergência’ não seria apenas um subterfúgio para se esquivar das amarras da lei eleitoral? A meu ver, sim”, disse Furtado, autor da representação.

O TCU promete “conhecer, avaliar e impedir o Governo Federal, no que diz respeito a recentes medidas destinadas a flexibilizar o teto de gastos, de comprometer o equilíbrio fiscal das contas públicas e de desrespeitar princípios elementares do Direito Financeiro e da Lei de Responsabilidade Fiscal em possível retrocesso para o país”.

Além disso, vai determinar que o governo realize estudos e divulgue quantas pessoas/famílias receberão os benefícios criados/ampliados com categorização por município, gênero, faixa de idade e grau de escolaridade, de modo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possa examinar com precisão se houve abuso do poder político/econômico nas eleições de outubro que se aproximam.

A PEC prevê o aumento do Auxílio Brasil, que passará de R$ 400 para R$ 600, caso a Câmara também aprove a PEC Eleitoral, há uma nova versão do vale-gás e recursos direcionados a caminhoneiros, entre outras medidas.

“Não é demais lembrar que a utilização de recursos públicos para autopromoção de agente público não só atenta contra os princípios da moralidade e da impessoalidade como também é expressamente proibida pela Constituição Federal”, escreve Lucas Furtado, avaliando que a PEC é, portanto, “flagrantemente inconstitucional”.

Por isso, segundo ele, o TCU deve investigar desde já o impacto financeiro da medida.

“Assim, a meu ver, a emenda proposta é flagrantemente inconstitucional, e o TCU deve examinar desde já a compatibilidade dos atos de gestão que vierem a ser praticados para a realização das despesas previstas na PEC Kamikaze com o teto de gastos e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, afirma, citando normas como o teto de gastos, que trava as despesas federais.

As despesas previstas na PEC serão pagas fora do teto de gastos. “A referida PEC tem potencial de aumentar o rombo das contas públicas em mais de R$ 40 bilhões, novamente flexibilizando o Teto de Gastos e prejudicando ainda mais o cenário fiscal e econômico brasileiro”, afirma.

Por fim, Furtado pede para o TCU impedir o governo federal “de comprometer o equilíbrio fiscal das contas públicas e de desrespeitar princípios elementares do Direito Financeiro e da Lei de Responsabilidade Fiscal em possível retrocesso para o país”.