Economia

Bolsas mundiais respiram após tombo por temor de calote da chinesa Evergrande

Bolsas mundiais respiram após tombo por temor de calote da chinesa Evergrande
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Os mercados mundiais se estabilizaram nesta terça-feira, um dai depois de a possibilidade de um colapso da gigante imobiliária Evergrande  ter derrubado as bolsas de valores em todo o mundo na segunda-feira.

Os investidores se mostravam mais confiantes de que o contágio da crise da Evergrande seria limitado e buscavam sinais de uma possível intervenção de Pequim para conter qualquer efeito dominó em potencial na economia global.

Na Bolsa de Hong Kong, onde as ações da Evergrande são negociadas, o índice Hang Seng recuperou em parte as perdas de segunda-feira e fechou em alta de 0,51%, com o setor imobiliário do índice fechando a sessão de em alta de 2,97%, depois de cair 6,69% no pregão de segunda. As ações da Evergrande, no entanto, chegaram a registrar queda de 7%, mas reverteram as perdas, recuando 0,44% no fechamento.

Em meio a um feriado em vários mercados asiáticos, as ações da Evergrande caíram10,24% em Hong Kong na segunda-feira, derrubando a Bolsa local, que fechou em queda de 3,3%.

Na China continental, os mercados financeiros seguem fechados devido a um feriado nacional, retornando do fim de semana prolongado somente nesta quarta-feira. Já a bolsa de Tóquio reabriu nesta terça-feira com o índice Nikkei fechando em queda de 2,17%, ainda refletindo a volatilidade do dia anterior nos mercados globais.

Na Europa, as bolsas operam em alta. Em LOndres, o índice FTSE-100 avançava 1,19%, tendência registrada em Frankfurt, onde o Dax subia 1,47%. O Índice CAC-40, da Bolsa de Paris, subia 1,48%.

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Ao mesmo tempo que analistas minimizavam a ameaça de que os problemas da Evergrande se tornem o “momento Lehman” do país, em um esforço para amenizar a ansiedade dos investidores, o presidente da Evergrande, Hui Ka Yuan, disse em uma carta à equipe que a empresa está confiante de que “sairá de seu momento mais sombrio” e entregará projetos imobiliários conforme prometido, informou a mídia local na terça-feira.

Na carta, o presidente da incorporadora imobiliária carregada de dívidas, também disse que Evergrande cumprirá responsabilidades para com os compradores de propriedades, investidores, parceiros e instituições financeiras.

Esta semana é decisiva para a Evergrande, pois ela tem várias dívidas a vencer até quinta-feira, e o temor ainda é de um possível calote. A companhia é a incorporadora mais endividada do mundo, com US$ 300 bilhões em débitos.